quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Silêncio


O silêncio destrói
Queres ouvir, queres saber
Queres poder contestar
Mas torna-se impossível
Diante do silêncio
Torna-se ridículo
Diante do silêncio
Então imaginas
Cria tua versão
E aumenta a cada pensamento
E piora a cada momento
Constrói um monstro dentro de ti
Faminto por justiça, a tua justiça
Aquela nascida em tua história
Aquela que só você conhece
Aquela que você alimenta a tua maneira
Que te consome, te atormenta
Queres respostas para satisfazer teu ego
Queres sentir-se mais leve
Queres qualquer coisa
Uma verdade, um agradecimento, uma ofensa
Queres qualquer coisa
Menos o silêncio

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Passagem


Não há brasa que perdure no peito
Nem de jeito neste coração pequeno
Cabe o mundo inteiro dentro
O meu mundo, tão pequeno

Tem coisas, animais e gente
Gente viva e que viveu
E ainda vive noutro mundo
Cada mundo com o seu

Mas sabe lá o que me espera
Nesta vida que carrego
Mulher e filhas adoráveis
Que por vezes me carregam

Das pedras não reclamo
Nem das voltas do caminho
Se tropeço já levanto
Toda rosa tem espinho

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Texto de Encerramento do 7º Espetáculo do Núcleo Corpo e Saúde


É imensa a emoção e gratidão que gostaria de compartilhar com cada um de vocês neste momento, pois nosso espetáculo está se encaminhando para o final.

O Núcleo Corpo e Saúde apresentou hoje a 7ª edição do Espetáculo de Encerramento com nossos maiores valores construídos nestes anos de muito esforço, mudanças, crescimento, tristezas e alegrias, derrotas e conquistas.

O Núcleo Corpo e Saúde é formado por professores especializados em cada área de atuação, cada qual com suas responsabilidades e turmas.
Somos uma família, uma união, somos diferentes uns dos outros, e como não ser? Temos tanta coisa boa ... e sabemos nos respeitar, sabemos porque estamos aqui, dia após dia, noite após noite, aula após aula, ensaio após ensaio, apresentação após apresentação. Nós queremos isto, nós precisamos disto, precisamos do Núcleo Corpo e Saúde assim como o Núcleo precisa de cada um de nós.

É o amor a dança, a arte, a música, a saúde e  ao bom convívio, que nos une, que nos completa, que nos faz perceber que somos parte importante deste todo, que fazemos a diferença dentro dele, que ajudamos e somos ajudados, seja como for, com uma palavra, um sorriso, um abraço, um solfejo, um passo, um tom, uma pausa.

O Núcleo Corpo e Saúde agradece a cada um de vocês, alunos, pais e mães, professores, colaboradores, família, família, família, seja de sangue, de espírito, de corpo e saúde, por fazerem parte deste recheio que ano a ano aumenta sua forma, sua textura, sua cor e seu sabor.

Juntos continuaremos a crescer, e por ora, orgulho-me bastante de todos nós por sabermos construir a base desta pirâmide que alcançará alturas através da união, da cumplicidade, do amor. Gostaria que cada um de vocês se sentisse como um bloco desta pirâmide, bem encaixado, único, no lugar certo, fazendo parte da família Núcleo Corpo e Saúde.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Deveras

Por onde anda a felicidade que procuras
Se não em ti, ao certo imagina
Distante lugar de difícil acesso
Interioriza um sentimento de repulsa
Engrandece pequenos obstáculos
Não os trata como deviam
Simples, pequenos, possíveis degraus
Enxerga-se pequeno tamanha ira
É passado o momento da mudança
É presente o tempo do renascer
É futuro que espera o despertar
Levante, ande!
Abra o peito para o novo
Feche o coração para a mágoa
Abra a cabeça na esperança sincera
De um recomeço merecido
De uma nova chance
Para uma nova vida
De um novo ser
Que caminha
Em busca da felicidade
Sem ao menos saber
O que é ser feliz
Mesmo sendo
Deveras

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Bate Bombeia

Quando olho no espelho quase sempre não me vejo
Como vêem os outros que me olham pelo espelho
Como pode um mesmo espelho ser assim sem partido
Se partido quebra o todo ainda assim o mesmo inteiro
Não me vejo mais inteiro só em partes, quase um todo
De cima para baixo, coração na cobertura
Não preciso mais de espelho!
Me vejo inteiro, mesmo em partes
Pois vejo a parte, a cobertura
Que não só cobre como recheia
Bate e bombeia, bate e bombeia
Bate
Bombeia
Bate
Bambeia
Bate
Bate
Bate
(...)
Bombeia

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Adeus aos navegantes


Navegar é preciso;  viver não é preciso
Fernando Pessoa encantou-se
Com gloriosa frase de antigos navegadores
Compartilho tal encanto aumentando o meu ponto
Onde se confundem a necessidade e a exatidão
Onde cada qual navega na vida não precisa
Com a precisão inexata da circunstância
Que faz com que a necessidade da vida
Seja posta em xeque
Perante a precisão do caminho
Contrapondo o desfrute do mar aberto
Imensidão, imensidão perdida
Proveito só do que é preciso
O desconhecido permanece
Ao navegante impreciso
Que sabe que a vida não é precisa
Somente necessária ...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Divã

Nada me afeta sobremaneira
Na busca sincera do ser e não ter
Tendo sido o que sou, existo!
Falta ainda mais ao ser que ao ter
Ser forte e flexível
Ser justo e não cruel
Ser aquilo que eu sou
Ser exemplo mesmo sozinho
Carece na existência um caminho
Preenchido com migalhas
Trilhando a volta segura
Das idas em busca de algo
Que acho que preciso
Com a certeza exata
Que não sei o que é
Nada me afeta sobremaneira
Exceto eu!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Porto Solidão (Zeca Bahia e Gincko)

Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...


Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...


Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais...(2x)


Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...


Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...


Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais...(4x)


Rimaaaaaas!
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais...


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Meninos (Juraildes da Luz)

Vou pro campo, no campo tem flores
As flores têm mel mais à noitinha
Estrelas no céu, no céu, no céu


O céu da boca da onça é escuro
Não cometa, não cometa, não cometa furo
Pimenta malagueta não é pimentão, tão, tão, tão


Vou pro campo acampar no mato
No mato tem pato, gato, carrapato
Canto de cachoeira
Dentro d'água pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar, não caia nessa onda
Que a cachoeira é funda e afunda


Não sou tanajura, mas eu crio asas
Com os vagalumes eu quero voar, voar, voar
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita quando tem luar, luar, luar

Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá

Dizem que verrugas são estrelas
Que a gente aponta, que a gente conta
Antes de dormir, dormir, dormir
Eu tenho contado, mas não tem nascido
Isso é história de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir

Os sete anões são pequeninos
Sete corações de menino
De alma leve, leve, leve
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
Da branca de neve, neve, neve


Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá

Through her eyes (John Petrucci)

She never really had a chance
On that fateful moonlit night
Sacrificed without a fight
A victim of her circumstance


Now that I've become aware
And I've exposed this tragedy
A sadness grows inside of me
It all seems so unfair


I'm learning all about my life
By looking through her eyes


Just beyond the churchyard gates
Where the grass is overgrown
I saw the writing on her stone
I felt like I would suffocate


In loving memory of our child
So innocent, eyes open wide
I felt so empty as I cried
Like part of me had died


I'm learning all about my life
By looking through her eyes


And as her image
Wandered through my head
I wept just like a baby
As I lay awake in bed


And I know what it's like
To lose someone you love
And this felt just the same


She wasn't given any choice
Desperation stole her voice
I've been given so much more in life
I've got a son, I've got a wife


I had to suffer one last time
To grieve for her and say goodbye
Relive the anguish of my past
To find out who I was at last


The door has opened wide
I'm turning with the tide
Looking through her eyes
 
 
Pelos olhos dela
 
Ela nunca teve realmente uma chance
Naquela decisiva noite enluarada
Sacrificada sem uma luta
Uma vítima das circunstâncias

Agora que eu estou a par
E eu expus esta tragédia
Uma tristeza cresce dentro de mim
Tudo isso parece tão injusto

Eu estou aprendendo tudo sobre minha vida
Olhando pelos olhos dela

Logo além dos portões do cemitério
Onde a grama está alta
Eu vi a escritura na sua pedra
Eu me senti como se estivesse sufocando

"Em doce memória de nossa filha
Tão inocente, olhos bem abertos"
Eu me senti tão vazio enquanto chorava
Como se parte de mim tivesse morrido

Eu estou aprendendo tudo sobre minha vida
Olhando pelos olhos dela

E enquanto a imagem dela
Vagava pela minha cabeça
Eu chorei como uma criança
Enquanto deitava acordado na cama

E eu sei como é
Perder alguém que você ama
E eu me senti exatamente igual

Ela não teve nenhuma opção
Desespero roubou sua voz
Eu ganhei muito mais na vida
Eu tenho um filho, eu tenho uma esposa

Eu tive que sofrer uma última vez
Para pesar por ela e dizer adeus
Aliviar a angústia do meu passado
Para descobrir finalmente quem eu fui

A porta se escancarou
Eu estou mudando com os acontecimentos
Olhando pelos olhos dela
 
 
 

Primavera (Cassiano / Silvio Rochael)

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti


Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor


Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)


Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)


Pra rua me levar (Ana Carolina / Totonho Villeroy)

Não vou viver
Como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
Às vezes ando só trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão


Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora


Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você


É, mas sei que ainda há muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas talvez você nem queira ouvir


Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora


Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sonho de uma flauta (O Teatro Mágico)

Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz


Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa


Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá


A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração


A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes né doce não


Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Hum... E o mundo é perfeito
Hum... E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito


Eu não pareço meu pai
Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Sei que incerteza traz inspiração


Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso


Tem riso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia


Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito


Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais


Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar


Mas sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito...


Eterno aprendiz (Gonzaguinha)

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...


Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...


Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...


Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...


Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...


E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...


Mas e a vida
Ela é maravida
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...


Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota é um tempo
Que nem dá um segundo...


Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...


Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida e viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...


Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser...


Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...


E a pergunta roda
E a cabeça agita
Fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...


Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...


Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...


Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...


Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...


Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...


Ah meu Deus!Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...


Ocaso

Ainda vejo no horizonte aquela luz do sol poente
Indo embora, escurecendo, nos deixando de repente
Não tem jeito, não há planos, que retardam o movimento
Seja hoje ou outro dia, sempre vai em um momento
Neste tempo de resguardo, aproveito o ensejo
Para ver o que não via ... deste lado sempre vejo
Uma imagem distorcida, sempre fria e distante
Que jamais me apercebi do valor daquele instante
Seja ponto ou contra ponto, contrapondo o argumento
Traço reta, faço curva, uso lápis cor magenta
Sem borracha nesta vida ... nada se apaga, só lamenta ...
Já não vejo no horizonte aquela luz do sol poente
Foi-se embora, escureceu, não precisa  mais da gente
Mas só o amanhã mostrará que não é assim ...
Independente

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Socorro (Arnaldo Antunes / Alice Ruiz)

Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...


Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...


Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...


Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada...


Socorro!
Não estou sentindo nada [nada]
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...


Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...


Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
Nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...


sábado, 10 de setembro de 2011

Sem mágoas

Peito aberto assim encaro
Tudo aquilo em que tropeço
Logo em pé me faço aço
Assim forjo o recomeço
Ah se fosse assim tão fácil
Não que seja impossível
Basta crer e ser você
No momento mais difícil
Quando batem não revido
Sou silêncio percebido
Talvez seja até pior
Que um tapa ao pé do ouvido
Não machuca, mas corrói
Vagarosa assim na mente
Dia a dia pouco a pouco
Consumindo sutilmente
Mas pra mim há tantas coisas
Que ocorrem nesta vida
Neste mundo tão pequeno
Exaltando nossa lida
Que de noite quando durmo
E acordo noutro dia
Não há mágoas em meu peito
Que me façam companhia

Pequenez

Mesmo tenso peço ao vento
Que me leve para um canto
Longe disto tudo pronto
Sendo mesmo tudo vento
Que me leva em pensamento
Penso mais não ser direito
Quero sim neste momento
Ser levado pelo vento
Lá de cima tudo muda
Tudo fica tão pequeno

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Curtas V

Amalgamada vida se torna quando perdemos o senso daquilo que reage, e como reage, perante nossas ações inóspitas muitas das vezes não percebidas pelo cabresto que nos guia.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Por enquanto (Legião Urbana)

Mudaram as estações
E nada mudou
Mas eu sei
Que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente...

Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era prá sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba...


Mas nada vai
Conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem...


Mesmo com tantos motivos
Prá deixar tudo como está
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta prá casa...


Renascendo

Morre a lua, nasce o sol
Predomina o desencanto
Que transforma nesta vida
Paz e luz em um só pranto
Morre o sol, nasce a lua
Convidando sutilmente:
Feche os olhos desta vida
Abra a mente retraída
Tanta vida a ser vivida
Não se puna inutilmente
Morre a lua, nasce o sol
Abra os olhos nesta vida
Veja brasa  onde era cinza
Recomece a partida
Tenha a cabeça erguida
Faça falta nesta vida
Morre o sol, nasce a lua
Morre a lua, nasce o sol
Eis a chance todo dia
O dia todo desta vida
Nasça e morra sem medida
Seja encontro ou despedida
Tenha a missão cumprida
Morre o sol, nasce a lua
E a vida continua ...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

L e n t a m e n t e

L e n t a m e n t e escrevo um verso
Que começa sem sentido
Surge assim tão de repente
Como ombro de um amigo

Mas com ele que escapo
Dos percalços desta vida
L e t r a a l e t r a s i m p l e s m e n t e
Tão capaz e inocente

Assim pudera com palavras
Expressar o pensamento
Que percorre internamente
Justapondo o sentimento

Em conjuntos separados
Universos diferentes
Cada qual do seu lado
Sendo sempre dependentes

Desta forma fica claro
Quão difícil e até raro
É expressar um pensamento
Sem tocar num sentimento
Que machuca imensamente
E só cura l e n t a m e n t e .  .   .    .     .      .       .

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Curtas IV

Não julgue por fora o que não conhece por dentro, nem tampouco se impressione com desilusões austeras oriundas de expectativas infundadas baseadas naquilo que você julga que conhece.

Curtas III

Não guardo mágoas. Minha memória tem espaço limitado, prefiro ocupar com boas lembranças.

Curtas II

A lágrima contempla a explosão de sentimentos tantas vezes não claros pela razão que nos norteia.

domingo, 21 de agosto de 2011

Paisagem da janela (Lô Borges / Fernando Brant)

Da janela lateral
Do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade, um velho sinal
Mensageiro natural
De coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou


Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quer acreditar
E eu apenas era

Cavaleiro marginal
Lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvore
Sem querer descanso nem dominical

Cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava na janela lateral
Do quarto de dormir


Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Um cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Você não quer acreditar


Trator (Flávio Venturini / Fernando Brant)

Você me diz que sou igual ventania
você me diz que eu sou igual ao trator
que puxa, tira, leva, arrasta e move
tudo que encontro eu quero logo amassar
o trator esmaga o sentimento
o amor não pode mais respirar
por favor, não quero o seu tormento
por favor, o que eu quero é amar
Eu fui então buscar no meu dicionário
que o trator vem do latim atraire
que a força que faz mover o meu mundo
é cativar, é seduzir, encantar
cativar sem fazer ninguém escravo
seduzir sem enganar ou mentir
e querer descobrir a maravilha:encantar quem já é dona de mim
Sou é sem jeito, esbarro no mundo
o meu mal feito é querer acertar
sou é poeta, sou garimpeiro
mas o meu ouro eu não pude achar
sou pescador que sonha seu peixe
eu sou um barco perdido no mar
o meu caminho, o meu desejo
é ser seu guia, seu porto, seu cais


sábado, 20 de agosto de 2011

Camarada d´água (Fernando Anitelli / Danilo Souza)

Camarada, d'onde vem essa febre
Nossa alegria breve
Por enquanto nos deixou
Camarada, viva a vida mais leve
Não deixe que ela escorregue
Que te cause mais dor


Caixa d'água guarda a água do dia
Não cabe tua alegria
Não basta pro teu calor


Viva a tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba do teu valor
E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou


Camarada d'água
Fique peixe de manhã, de madrugada
Fique toda hora que for


Você é riacho
E acho que teu rio corre pra longe do meu mar
Mar marvado seria o rio
Que correndo do meu riacho
Levaria o que acho
Pra onde ninguém pode achar


Como pode um peixe vivo viver fora da água fria?
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?


Viva a tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba do teu valor


E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou


Pratododia (Danilo Souza)

Como arroz e feijão
É feita de grão em grão
Nossa felicidade


Como arroz e feijão
A perfeita combinação
Soma de duas metades


Como feijão e arroz
Que só se encontram depois
De abandonar a embalagem


Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem?


Me jogo da panela
Pra nela eu me perder
Me sirvo a vontade, que vontade de te ver


O dia do prato chegou
É quando eu encontro você
Nem me lembro o que foi diferente!


Mas assim como veio acabou
E quando eu penso em você
Choro café e você chora leite


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

The spirit carries on (John Petrucci)

 
Where did we come from?
Why are we here?
Where do we go when we die?
What lies beyond
And what lay before?
Is anything certain in life?

They say, "Life is too short,"
"The here and the now"
And "You're only given one shot"
But could there be more,
Have I lived before,
Or could this be all that we've got?

If I die tomorrow
I'd be all right
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on

I used to be frightened of dying
I used to think death was the end
But that was before
I'm not scared anymore
I know that my soul will transcend

I may never find all the answers
I may never understand why
I may never prove
What I know to be true
But I know that I still have to try

If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on

"Move on, be brave
Don't weep at my grave
Because I am no longer here
But please never let
Your memory of me disappear"

Safe in the light that surrounds me
Free of the fear and the pain
My questioning mind
Has helped me to find
The meaning in my life again
Victoria's real
I finally feel
At peace with the girl in my dreams
And now that I'm here
It's perfectly clear
I found out what all of this means

If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on

 

O Espírito Segue

De onde nós viemos?
Porque estamos aqui?
Para onde nós vamos quando morremos?
O que há além
E o que havia antes?
Alguma coisa é certa na vida?

Eles dizem, "A vida é muito curta"
"O aqui e o agora"
e "Você só tem uma chance"
Mas poderia haver mais,
Eu vivi antes?
Ou isso seria tudo que nós temos?

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue

Eu costumava ter medo da morte
Eu costumava achar que a morte era o fim
Mas isso foi antes
Eu não estou mais assustado
Eu sei que minha alma transcenderá

Eu posso nunca encontrar as respostas
Eu posso nunca entender por quê
Eu posso nunca provar
O que eu sei ser verdade
Mas eu sei que eu ainda tenho que tentar

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue

"Siga adiante, seja bravo
Não chore no meu túmulo
Porque eu não estou mais aqui
Mas por favor nunca deixe
Suas lembranças de mim desaparecerem"

Seguro na luz que me rodeia
Livre do medo e da dor
Minha mente questionadora
Tem me ajudado a achar
O significado na minha vida de novo
Victoria é real
Eu finalmente sinto
Em paz com a garota nos meus sonhos
E agora que eu estou aqui
Está perfeitamente claro
Eu descobri o que tudo isso significa

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue





Pensar em você (Chico César)

É só pensar em você
Que muda o dia
Minha alegria dá pra ver
Não dá pra esconder
Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu
E eu vou só pensar em você
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
vontade de viver mais
Em paz com o mundo e comigo
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e consigo


domingo, 14 de agosto de 2011

Para meu pai

É difícil entender como uma relação entre pai e filho pode ser pautada por uma frieza externa, mesmo que alimentada por um amor verdadeiro e inexplicável.
Bons momentos, ótimas lembranças, exemplos a seguir e a não seguir, porque somos assim, dotados de qualidades e defeitos, de erros e acertos, de vitórias e derrotas, de sentimentos de amor e ódio, de raiva e compaixão.
É inerente, muito do que sou, foi formado em meu passado. E a formação deste passado é mérito de meu pai. Embora as dificuldades financeiras, meu pai me proporcionou o privilégio de estudar em escola particular desde o jardim até o colegial. E hoje, este valor não percebido, ou então não valorizado adequadamente no passado é hoje nítido e cruel, pois quero proporcionar o mesmo às minhas filhas e agora sei o quanto é difícil, principalmente se for retribuído com uma ingratidão, mesmo que culposa.
Não estamos nesta vida por acaso, uma família não é formada sem objetivos mútuos de reajustamento individual e coletivo, de convívios conflituosos que nada mais são que oportunidades de crescimento, onde o bem do nós torna-se prioritário ao bem do eu, onde o ouvir e o perdoar operam maravilhas, onde estamos sujeitos aos desígnios de nossas ações passadas a serem corrigidas hoje, a cada oportunidade, a cada silêncio, a cada perdão.
A distância tem ajudado a atrapalhar a manutenção deste sentimento, desta relação e, mesmo quando perto, a distância ainda se apresenta, nos deixando imunes, frios, secos, curtos.
Este é o resumo, no entanto, não foi assim que começou e nem tampouco espero que seja o final.
Te amo Pai!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Desalinho

Gota, pinga, sua, chove
Desce pronto, desabroche
Fique firme não se aloje
Tão em si que não se move
Acredite, se renove!

Mesmo pronto falta um tanto
Sendo longo este pranto
Que domina meu encanto
Seja réu ou seja santo
Falta assim, mas não sei quanto!

Quero então um desalinho
Troco água pelo vinho
Não me deixe aqui sozinho
Não conheço o caminho
Sem a dor e o espinho!

Seja breve então me leve
Nem que seja de ultraleve
Peso menos do que a neve
Se for mais então releve
Mesmo quando não se deve!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Atualização no blog

Pessoal, criei no blog uma  página chamada "Falando Sério", para se juntar as demais sobre os "Livros que li", "Leitura atual" e "Frases de impacto". Esta página terá atualizações periódicas, bem como as outras. Sendo assim, não deixe de conferir quando estiver passeando pelo blog.

Nesta nova página, pretendo compartilhar artigos, vídeos, palestras, entrevistas e afins que permeiam as áreas da Administração, Gestão e Educação.

Para ressaltar a fonte, preferi utilizar links para o acesso direto.

Entre os links já indicados, considero um espetáculo o seminário do Mario Sérgio Cortella: "Não nascemos prontos". Ainda do Cortella, há uma entrevista no Jô Soares que assemelha-se bastante e é tão bom quanto o seminário. A entrevista ficaria ainda melhor, se o Jô deixasse o Cortella terminar suas explanações.

Bem, o objetivo desta postagem é informar-lhes sobre esta nova página que terá sempre novidades e pedir que indiquem assuntos sobre as áreas da Administração, Gestão e Educação para serem compartilhadas.

Abraços!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sonhos de um palhaço (Antônio Marcos / Sérgio Sá)

Vejam só
Que história boba
Eu tenho pra contar
Quem é que vai querer
Me acreditar
Eu sou palhaço sem querer...

Vejam só
Que coisa incrível
O meu coração
Todo pintado e nesta solidão
Espero a hora de sonhar...


Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam
Bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço
É natural...


Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei, entreguei amor
E sonhos sem saber
Que o palhaço
Pinta o rosto pra viver...


Vejam só e há quem diga
Que o palhaço é
No grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher...


Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos, todos
Representam bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço
É natural...


Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei amor e sonho
Sem saber
Que o palhaço pinta o rosto
Pra viver...


E vejam só e há quem diga
Que o palhaço é
No grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher...


Onde Deus possa me ouvir (Vander Lee)

Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber

Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.

Adeus...


Sutilmente (Samuel Rosa / Nando Reis)

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti


Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti


Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti.


Inspiração

O que precisa para ter inspiração?
Onde mora a motivação?
Esconde-se no íntimo de um coração
Ou habita a solidão?


De uma conversa entre amigos
De uma criança sorrindo
De onde vem a inspiração
Que compõe esta versão?


Ajude-me a completar
O que não sei acabar
Mesmo não sendo seu
Onde encontro o meu eu?


Assim peço sem demora
Ajude-me agora
A encontrar em mim
O que só vejo lá fora


Talvez eu encontre mais em você
Do que em mim somente
Sirva-me de espelho
Abra minha mente


É preciso acalmar
Esta sensação pungente
Que mora no passado
Mas vive no presente


Assim entrego em partes
Inacabado para mim
Esperando que você
Inspirada ponha um fim


Na rua, no parque
Tudo do meu sonhar
Combina com as cores
Vindas do seu olhar


O céu, a lua
Todo o meu amar
Traz a inspiração
E me dá motivação


Me faz procurar
E no te achar
Volto a lembrar
Que me fez sonhar


Por isso somos um
Parte do que fomos
Presente do passado
Que futuro esperamos?


Passa-se o tempo
Cria-se raiz
Tento entender
Mas o coração não diz!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Só o ar não me satisfaz se não tiver teu cheiro
Só o dia não me basta se somente passa por mim
Só a noite não quero se logo tiver fim
Ainda assim espero uma tarde no jardim
Entre rosas e jasmins, harpas e clarins
Não há sofrimento nem por um momento
Embora confesse que só lamento o nó
No peito e dó, sem jeito e só
Tornando pó o que sem dó
Fizeste de mim

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Paciência (Lenine / Dudu Falcão)

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...

A vida não para...


sábado, 9 de julho de 2011

Recado para Flávia

Talvez a vida não seja exatamente como sonhou e suas expectativas caíram por terra por acontecimentos muitas vezes inesperados, ainda assim tens um fardo e a capacidade de tornar melhor o que vive e como vive.
Tens também a mim, que preciso de ti para construirmos nossos sonhos, nossa verdade, nossa fortaleza.
Ante as frustações e desilusões, confie e tenha a certeza que você é capaz e merece o melhor.

Recado elaborado em 09/07/11 às 15:27 para a pessoa que mais amo, como tarefa da aula de Inteligência Emocional da professora Rosé Mary.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Eu Era Um Lobisomem Juvenil (Legião Urbana)

Luz e sentido e palavra, palavra
É que o coração não pensa
Ontem faltou água
Anteontem faltou luz
Teve torcida gritando
Quando a luz voltou
Não falo como você fala
Mas vejo bem
O que você me diz...


Se o mundo é mesmo
Parecido com o que vejo
Prefiro acreditar
No mundo do meu jeito
E você estava
Esperando voar
Mas como chegar
Até as nuvens
Com os pés no chão...


O que sinto muitas vezes
Faz sentido e outras vezes
Não descubro um motivo
Que me explique porque é
Que não consigo ver sentido
No que sinto, que procuro
O que desejo e o que faz parte
Do meu mundo...


O arco-íris tem sete cores
E fui juiz supremo
Vai, vem embora, volta
Todos têm, todos têm
Suas próprias razões...


Qual foi a semente
Que você plantou?
Tudo acontece ao mesmo tempo
Nem eu mesmo sei direito
O que está acontecendo
E daí, de hoje em diante
Todo dia vai ser
O dia mais importante...


Se você quiser alguém
Prá ser só seu
É só não se esquecer
Eu estarei aqui...


Não digo nada
Espero o vendaval passar
Por enquanto eu não sei
O que você me falou
Me fez rir e pensar
Porque estou tão preocupado
Por estar
Tão preocupado assim...


Mesmo se eu cantasse
Todas as canções
Todas as canções
Todas as canções
Todas as canções do mundo
Sou bicho do mato...


Mas se você quiser alguém
Prá ser só seu
É só não se esquecer
Eu estarei aqui...


Ou então não terás jamais
A chave do meu coração...


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Oco por dentro

Não tão claro quanto o amanhecer ensolarado

Nem tão abstrato quanto o que sentimos

Preserva em si a essência da vida

Prospera na morte a chance perdida

Espera em vida que a morte demore

Muito embora na morte confie e rogue

Há culpas que pesam na mala da sorte

Mesmo vazio, se finge de forte

Sedento de amor que traz sofrimento

Torna-se feliz, naquele momento

Não fosse o cândido espelho

Trazendo a tona o falso desejo

Refletindo um ser ao ser diferente

Que sente na pele em estado latente

Imaginando ser deveras contente

Mas briga com o coração

Que não finge e nem mente

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Quebra Cabeça Sem Luz (Oswaldo Montenegro)

É na clareza da mente
Que explode a procura do novo processo
E o que é meu direito eu exijo, não peço
Com a intensidade de quem quer viver
E optar: ir ou não por ali
A nossa primeira antena é a palavra
Que amplia a verdade que assusta
E a gente repete que quer mas não busca
E de um modo abstrato se ilude que fez
Mas qualquer dia vai ter que ficar definido o caminho
É mais louco do que já supôs a tal sabedoria
Magia que eu hoje procuro entender
Pra que o corpo supere a fadiga
Você o que pensa do assunto?
Se a gente se encontra mas nunca tá junto
Vivendo esse quebra cabeça sem luz
Pra não ficar dividida
Minha mente estabeleci-combinado faria
Dizer pondo um pouco de mate
Gel/há de fazer como os loucos
Falando aos tropeços (perdão Rita Lee)
Pra que a gente se entenda algum dia
Há de ser como o louco Quixote
E a lógica insiste em guardar no seu pote
A mais linda palavra que eu ia dizer
Mas qualquer dia você
Vai me ver disfarçar (há) de fazer como eu
Que disfarço na tal fantasia a magia
E só me fantasio do que venho a ser
E o que se espera da minha cabeça
Há de ser invertido
E a sonata que eu já compus
Virou rock/quem roubou minha loucura fui eu
E agora a devolvi