quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Contrasenso


Tão doce quanto o amargo de teu sorriso


Tão claro quanto o breu de teus olhos


Tão distante quanto o aperto de teu abraço


Tão profano quanto à fé que te envolve


Justapondo o movimento estático


Do silêncio que brada no peito


Daquela voz que cala em sons


Esteja pronto, mas nem tanto


Não mate o efeito surpresa


Dê chance à espontaneidade


Permita-se perder o chão


O ar, a cor, o rebolado


Permita-se perder-se


Pois só assim


Serás encontrado

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vivo


Não me apego ao desapego dos prazeres


Já que não os tenho em fartura


Não exalto o excesso nem tampouco a candura


Vivo na minha, na manha, na teia da aranha


Na casca do ovo, na boca do povo


Vivo na margem, na beira, na feira


Vivo tranqüilo meu caminho inseguro


Que de incerto se faz propício


Seja na queda de um precipício


Na normalidade de um hospício


Ou na segurança de um vício


Quero aquilo que posso


Faço aquilo que devo


Temo o que não posso


Mais ainda o que não devo


E quanto ao que quero


Mesmo que eu possa


Talvez eu não deva!

Mimar você (Alain Tavares / Gilson Babilônia)


Eu te quero só pra mim
Você mora em meu coração
Não me deixe só aqui
Esperando mais um verão
Espero meu bem pra gente se amar de novo
Mimar você
Nas quatro estações
Relembrar o tempo que passamos juntos
Que bom te ver
Andar de mãos dadas na beira da praia
Por esse momento eu sempre esperei