segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Por enquanto (Legião Urbana)

Mudaram as estações
E nada mudou
Mas eu sei
Que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente...

Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era prá sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba...


Mas nada vai
Conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem...


Mesmo com tantos motivos
Prá deixar tudo como está
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta prá casa...


Renascendo

Morre a lua, nasce o sol
Predomina o desencanto
Que transforma nesta vida
Paz e luz em um só pranto
Morre o sol, nasce a lua
Convidando sutilmente:
Feche os olhos desta vida
Abra a mente retraída
Tanta vida a ser vivida
Não se puna inutilmente
Morre a lua, nasce o sol
Abra os olhos nesta vida
Veja brasa  onde era cinza
Recomece a partida
Tenha a cabeça erguida
Faça falta nesta vida
Morre o sol, nasce a lua
Morre a lua, nasce o sol
Eis a chance todo dia
O dia todo desta vida
Nasça e morra sem medida
Seja encontro ou despedida
Tenha a missão cumprida
Morre o sol, nasce a lua
E a vida continua ...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

L e n t a m e n t e

L e n t a m e n t e escrevo um verso
Que começa sem sentido
Surge assim tão de repente
Como ombro de um amigo

Mas com ele que escapo
Dos percalços desta vida
L e t r a a l e t r a s i m p l e s m e n t e
Tão capaz e inocente

Assim pudera com palavras
Expressar o pensamento
Que percorre internamente
Justapondo o sentimento

Em conjuntos separados
Universos diferentes
Cada qual do seu lado
Sendo sempre dependentes

Desta forma fica claro
Quão difícil e até raro
É expressar um pensamento
Sem tocar num sentimento
Que machuca imensamente
E só cura l e n t a m e n t e .  .   .    .     .      .       .

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Curtas IV

Não julgue por fora o que não conhece por dentro, nem tampouco se impressione com desilusões austeras oriundas de expectativas infundadas baseadas naquilo que você julga que conhece.

Curtas III

Não guardo mágoas. Minha memória tem espaço limitado, prefiro ocupar com boas lembranças.

Curtas II

A lágrima contempla a explosão de sentimentos tantas vezes não claros pela razão que nos norteia.

domingo, 21 de agosto de 2011

Paisagem da janela (Lô Borges / Fernando Brant)

Da janela lateral
Do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade, um velho sinal
Mensageiro natural
De coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou


Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quer acreditar
E eu apenas era

Cavaleiro marginal
Lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvore
Sem querer descanso nem dominical

Cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava na janela lateral
Do quarto de dormir


Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Um cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Você não quer acreditar


Trator (Flávio Venturini / Fernando Brant)

Você me diz que sou igual ventania
você me diz que eu sou igual ao trator
que puxa, tira, leva, arrasta e move
tudo que encontro eu quero logo amassar
o trator esmaga o sentimento
o amor não pode mais respirar
por favor, não quero o seu tormento
por favor, o que eu quero é amar
Eu fui então buscar no meu dicionário
que o trator vem do latim atraire
que a força que faz mover o meu mundo
é cativar, é seduzir, encantar
cativar sem fazer ninguém escravo
seduzir sem enganar ou mentir
e querer descobrir a maravilha:encantar quem já é dona de mim
Sou é sem jeito, esbarro no mundo
o meu mal feito é querer acertar
sou é poeta, sou garimpeiro
mas o meu ouro eu não pude achar
sou pescador que sonha seu peixe
eu sou um barco perdido no mar
o meu caminho, o meu desejo
é ser seu guia, seu porto, seu cais


sábado, 20 de agosto de 2011

Camarada d´água (Fernando Anitelli / Danilo Souza)

Camarada, d'onde vem essa febre
Nossa alegria breve
Por enquanto nos deixou
Camarada, viva a vida mais leve
Não deixe que ela escorregue
Que te cause mais dor


Caixa d'água guarda a água do dia
Não cabe tua alegria
Não basta pro teu calor


Viva a tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba do teu valor
E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou


Camarada d'água
Fique peixe de manhã, de madrugada
Fique toda hora que for


Você é riacho
E acho que teu rio corre pra longe do meu mar
Mar marvado seria o rio
Que correndo do meu riacho
Levaria o que acho
Pra onde ninguém pode achar


Como pode um peixe vivo viver fora da água fria?
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?


Viva a tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba do teu valor


E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou


Pratododia (Danilo Souza)

Como arroz e feijão
É feita de grão em grão
Nossa felicidade


Como arroz e feijão
A perfeita combinação
Soma de duas metades


Como feijão e arroz
Que só se encontram depois
De abandonar a embalagem


Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem?


Me jogo da panela
Pra nela eu me perder
Me sirvo a vontade, que vontade de te ver


O dia do prato chegou
É quando eu encontro você
Nem me lembro o que foi diferente!


Mas assim como veio acabou
E quando eu penso em você
Choro café e você chora leite


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

The spirit carries on (John Petrucci)

 
Where did we come from?
Why are we here?
Where do we go when we die?
What lies beyond
And what lay before?
Is anything certain in life?

They say, "Life is too short,"
"The here and the now"
And "You're only given one shot"
But could there be more,
Have I lived before,
Or could this be all that we've got?

If I die tomorrow
I'd be all right
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on

I used to be frightened of dying
I used to think death was the end
But that was before
I'm not scared anymore
I know that my soul will transcend

I may never find all the answers
I may never understand why
I may never prove
What I know to be true
But I know that I still have to try

If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on

"Move on, be brave
Don't weep at my grave
Because I am no longer here
But please never let
Your memory of me disappear"

Safe in the light that surrounds me
Free of the fear and the pain
My questioning mind
Has helped me to find
The meaning in my life again
Victoria's real
I finally feel
At peace with the girl in my dreams
And now that I'm here
It's perfectly clear
I found out what all of this means

If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on

 

O Espírito Segue

De onde nós viemos?
Porque estamos aqui?
Para onde nós vamos quando morremos?
O que há além
E o que havia antes?
Alguma coisa é certa na vida?

Eles dizem, "A vida é muito curta"
"O aqui e o agora"
e "Você só tem uma chance"
Mas poderia haver mais,
Eu vivi antes?
Ou isso seria tudo que nós temos?

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue

Eu costumava ter medo da morte
Eu costumava achar que a morte era o fim
Mas isso foi antes
Eu não estou mais assustado
Eu sei que minha alma transcenderá

Eu posso nunca encontrar as respostas
Eu posso nunca entender por quê
Eu posso nunca provar
O que eu sei ser verdade
Mas eu sei que eu ainda tenho que tentar

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue

"Siga adiante, seja bravo
Não chore no meu túmulo
Porque eu não estou mais aqui
Mas por favor nunca deixe
Suas lembranças de mim desaparecerem"

Seguro na luz que me rodeia
Livre do medo e da dor
Minha mente questionadora
Tem me ajudado a achar
O significado na minha vida de novo
Victoria é real
Eu finalmente sinto
Em paz com a garota nos meus sonhos
E agora que eu estou aqui
Está perfeitamente claro
Eu descobri o que tudo isso significa

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue





Pensar em você (Chico César)

É só pensar em você
Que muda o dia
Minha alegria dá pra ver
Não dá pra esconder
Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu
E eu vou só pensar em você
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
vontade de viver mais
Em paz com o mundo e comigo
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e consigo


domingo, 14 de agosto de 2011

Para meu pai

É difícil entender como uma relação entre pai e filho pode ser pautada por uma frieza externa, mesmo que alimentada por um amor verdadeiro e inexplicável.
Bons momentos, ótimas lembranças, exemplos a seguir e a não seguir, porque somos assim, dotados de qualidades e defeitos, de erros e acertos, de vitórias e derrotas, de sentimentos de amor e ódio, de raiva e compaixão.
É inerente, muito do que sou, foi formado em meu passado. E a formação deste passado é mérito de meu pai. Embora as dificuldades financeiras, meu pai me proporcionou o privilégio de estudar em escola particular desde o jardim até o colegial. E hoje, este valor não percebido, ou então não valorizado adequadamente no passado é hoje nítido e cruel, pois quero proporcionar o mesmo às minhas filhas e agora sei o quanto é difícil, principalmente se for retribuído com uma ingratidão, mesmo que culposa.
Não estamos nesta vida por acaso, uma família não é formada sem objetivos mútuos de reajustamento individual e coletivo, de convívios conflituosos que nada mais são que oportunidades de crescimento, onde o bem do nós torna-se prioritário ao bem do eu, onde o ouvir e o perdoar operam maravilhas, onde estamos sujeitos aos desígnios de nossas ações passadas a serem corrigidas hoje, a cada oportunidade, a cada silêncio, a cada perdão.
A distância tem ajudado a atrapalhar a manutenção deste sentimento, desta relação e, mesmo quando perto, a distância ainda se apresenta, nos deixando imunes, frios, secos, curtos.
Este é o resumo, no entanto, não foi assim que começou e nem tampouco espero que seja o final.
Te amo Pai!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Desalinho

Gota, pinga, sua, chove
Desce pronto, desabroche
Fique firme não se aloje
Tão em si que não se move
Acredite, se renove!

Mesmo pronto falta um tanto
Sendo longo este pranto
Que domina meu encanto
Seja réu ou seja santo
Falta assim, mas não sei quanto!

Quero então um desalinho
Troco água pelo vinho
Não me deixe aqui sozinho
Não conheço o caminho
Sem a dor e o espinho!

Seja breve então me leve
Nem que seja de ultraleve
Peso menos do que a neve
Se for mais então releve
Mesmo quando não se deve!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Atualização no blog

Pessoal, criei no blog uma  página chamada "Falando Sério", para se juntar as demais sobre os "Livros que li", "Leitura atual" e "Frases de impacto". Esta página terá atualizações periódicas, bem como as outras. Sendo assim, não deixe de conferir quando estiver passeando pelo blog.

Nesta nova página, pretendo compartilhar artigos, vídeos, palestras, entrevistas e afins que permeiam as áreas da Administração, Gestão e Educação.

Para ressaltar a fonte, preferi utilizar links para o acesso direto.

Entre os links já indicados, considero um espetáculo o seminário do Mario Sérgio Cortella: "Não nascemos prontos". Ainda do Cortella, há uma entrevista no Jô Soares que assemelha-se bastante e é tão bom quanto o seminário. A entrevista ficaria ainda melhor, se o Jô deixasse o Cortella terminar suas explanações.

Bem, o objetivo desta postagem é informar-lhes sobre esta nova página que terá sempre novidades e pedir que indiquem assuntos sobre as áreas da Administração, Gestão e Educação para serem compartilhadas.

Abraços!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sonhos de um palhaço (Antônio Marcos / Sérgio Sá)

Vejam só
Que história boba
Eu tenho pra contar
Quem é que vai querer
Me acreditar
Eu sou palhaço sem querer...

Vejam só
Que coisa incrível
O meu coração
Todo pintado e nesta solidão
Espero a hora de sonhar...


Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam
Bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço
É natural...


Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei, entreguei amor
E sonhos sem saber
Que o palhaço
Pinta o rosto pra viver...


Vejam só e há quem diga
Que o palhaço é
No grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher...


Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos, todos
Representam bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço
É natural...


Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei amor e sonho
Sem saber
Que o palhaço pinta o rosto
Pra viver...


E vejam só e há quem diga
Que o palhaço é
No grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher...


Onde Deus possa me ouvir (Vander Lee)

Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber

Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.

Adeus...


Sutilmente (Samuel Rosa / Nando Reis)

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti


Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti


Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti.


Inspiração

O que precisa para ter inspiração?
Onde mora a motivação?
Esconde-se no íntimo de um coração
Ou habita a solidão?


De uma conversa entre amigos
De uma criança sorrindo
De onde vem a inspiração
Que compõe esta versão?


Ajude-me a completar
O que não sei acabar
Mesmo não sendo seu
Onde encontro o meu eu?


Assim peço sem demora
Ajude-me agora
A encontrar em mim
O que só vejo lá fora


Talvez eu encontre mais em você
Do que em mim somente
Sirva-me de espelho
Abra minha mente


É preciso acalmar
Esta sensação pungente
Que mora no passado
Mas vive no presente


Assim entrego em partes
Inacabado para mim
Esperando que você
Inspirada ponha um fim


Na rua, no parque
Tudo do meu sonhar
Combina com as cores
Vindas do seu olhar


O céu, a lua
Todo o meu amar
Traz a inspiração
E me dá motivação


Me faz procurar
E no te achar
Volto a lembrar
Que me fez sonhar


Por isso somos um
Parte do que fomos
Presente do passado
Que futuro esperamos?


Passa-se o tempo
Cria-se raiz
Tento entender
Mas o coração não diz!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Só o ar não me satisfaz se não tiver teu cheiro
Só o dia não me basta se somente passa por mim
Só a noite não quero se logo tiver fim
Ainda assim espero uma tarde no jardim
Entre rosas e jasmins, harpas e clarins
Não há sofrimento nem por um momento
Embora confesse que só lamento o nó
No peito e dó, sem jeito e só
Tornando pó o que sem dó
Fizeste de mim