Palavras e atitude sempre necessitam de um esforço extra
para seguirem alinhadas na mesma direção.
Palavras existem muitas, espalhadas, esperando uma ordem, um
sentido, esperando surtir um efeito, uma reação, um cataclismo.
Palavras se ouvem a todo o momento, em qualquer instante, de
diversas pessoas, nas mais diversas situações, sejam elas boas ou ruins, de
prazer ou desgosto.
Palavras machucam, magoam, da mesma maneira que se esvaem
pelo vento.
Palavras acariciam, acalmam, aconchegam, abrigam, da mesma
forma que rarefeitas são esquecidas.
Palavras se calam, se ecoam, retumbam.
Palavras se modificam, mudam de sentido, causam dualidade
inexpressiva, inadequada, inadmissível,
inaceitável, irresponsável, imprópria e imbecil.
Palavras são desonestas, traiçoeiras, fáceis de se moldar,
também pudera, não assumem responsabilidade alguma, culpa alguma, dor alguma,
pois este pesar fica com seu arquiteto.
Palavras são amigas, companheiras, mostram-se a quem sabe
usar, permitem maravilhas, causam bem estar, de tão boas desprezam o
interlocutor.
Palavras são assim, confusas, paradoxais, complexas,
interpretativas, tempestivas, forjáveis, lisas e lindas.
Palavras são, enquanto atitude é!