segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Papel e palavras

Não raro é a cena em que me vejo armado de um lápis, quase pronto para tornar um pedaço de papel cúmplice de meus sentimentos

Não raro nestas horas sempre me parece que o papel não se importa comigo

Não raro nestas horas fogem-me todas as palavras, todos os bons começos de textos

Se eu tivesse a certeza que nada sinto nestas horas ... menos preocupado ficaria com o simples descaso do papel

Se eu tivesse a certeza que nada sinto nestas horas ... certas estão as palavras em fugirem de mim

Cabeça baixa ... silêncio sem graça ...

Fui rejeitado pelo papel e pelas palavras ... agora não há como não sentir nada ...

Vontade de pagar com a mesma moeda ...

Mas não me lembro deles me procurarem para me fazer de cúmplice de seus sentimentos ...

... Nunca me chamaram para gastarmos algumas horas do dia ou da noite ... nem minutos sequer ...

... Pois é ...

Papel e palavras sem mim continuam sendo papel e palavras ...

Eu sem eles ...

Não sei quem sou!

...

... Cabeça baixa ...





Procuro

Por mais que eu olhe e busque ao longe uma razão

Mesmo sabendo que não sei ao certo o que procuro

Procuro em vão, em lugar distante, o que perto se encontra

Vista cansada, mal acostumada, amalgamada

Mas não é preciso ver para encontrar, nem tampouco tocar

Olhos e mãos perdem o sentido ...

Antes não tê-los, inúteis que se tornam

O que procuro, como se soubesse o que é e onde está, não está onde procuro

Habita em mim!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Vem sendo ...

Vem ser a minha estrela que me guia nesta vida ...

Vem sendo a vida que me marca com feridas ...

Vencer na vida almejando paz de espírito

Vencendo a si mesmo a cada ato e pensamento

Vem sido assim

Vem ser, vem sendo, vencido

Passado, esquecido ...

Mas não perdido!