Não raro é a cena em que me vejo armado de um lápis, quase pronto para tornar um pedaço de papel cúmplice de meus sentimentos
Não raro nestas horas sempre me parece que o papel não se importa comigo
Não raro nestas horas fogem-me todas as palavras, todos os bons começos de textos
Se eu tivesse a certeza que nada sinto nestas horas ... menos preocupado ficaria com o simples descaso do papel
Se eu tivesse a certeza que nada sinto nestas horas ... certas estão as palavras em fugirem de mim
Cabeça baixa ... silêncio sem graça ...
Fui rejeitado pelo papel e pelas palavras ... agora não há como não sentir nada ...
Vontade de pagar com a mesma moeda ...
Mas não me lembro deles me procurarem para me fazer de cúmplice de seus sentimentos ...
... Nunca me chamaram para gastarmos algumas horas do dia ou da noite ... nem minutos sequer ...
... Pois é ...
Papel e palavras sem mim continuam sendo papel e palavras ...
Eu sem eles ...
Não sei quem sou!
...
... Cabeça baixa ...
Escrever pode até ser uma arte, mas antes disto é um direito! ... tenho usado a palavra "coesia" para representar nossos atos comuns, feitos com mais cuidado, presteza e carinho do que convencionalmente fazemos nossos atos comuns. A palavra "coesia" surge com o sentido de trazer poesia a cada coisa que fazemos nesta vida ... justamente por entender que uma poesia raramente nasce sem cuidado, presteza ou carinho na escolha das palavras, das rimas, do sentido ... Seja bem vindo!
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Procuro
Por mais que eu olhe e busque ao longe uma razão
Mesmo sabendo que não sei ao certo o que procuro
Procuro em vão, em lugar distante, o que perto se encontra
Vista cansada, mal acostumada, amalgamada
Mas não é preciso ver para encontrar, nem tampouco tocar
Olhos e mãos perdem o sentido ...
Antes não tê-los, inúteis que se tornam
O que procuro, como se soubesse o que é e onde está, não está onde procuro
Habita em mim!
Mesmo sabendo que não sei ao certo o que procuro
Procuro em vão, em lugar distante, o que perto se encontra
Vista cansada, mal acostumada, amalgamada
Mas não é preciso ver para encontrar, nem tampouco tocar
Olhos e mãos perdem o sentido ...
Antes não tê-los, inúteis que se tornam
O que procuro, como se soubesse o que é e onde está, não está onde procuro
Habita em mim!
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Vem sendo ...
Vem ser a minha estrela que me guia nesta vida ...
Vem sendo a vida que me marca com feridas ...
Vencer na vida almejando paz de espírito
Vencendo a si mesmo a cada ato e pensamento
Vem sido assim
Vem ser, vem sendo, vencido
Passado, esquecido ...
Mas não perdido!
Vem sendo a vida que me marca com feridas ...
Vencer na vida almejando paz de espírito
Vencendo a si mesmo a cada ato e pensamento
Vem sido assim
Vem ser, vem sendo, vencido
Passado, esquecido ...
Mas não perdido!
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