segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Quem dera ...

Esse foi um texto em conjunto com meu irmão escriba.

Uma junção de Um Coração Falando (onde emoções são traduzidas em palavras) com um Sujeito Elíptico (que apesar de não se ver ele está presente).

Uma criação em 4 mãos de 2 estilos.

O complemento de peças diferentes.

Foi preciso calar a razão.

Foi preciso chacoalhar a alma.

E disso tudo saiu poesia.



Quem dera ...



Sol tardio em noite enluarada

Promessas vazias invadem a madrugada

Sozinho a sós sentado na calçada

Perdido em mim, perdendo-me em ti

Em teus, em tuas, em tais ... quais ... ais ...

Em teus devaneios repouso meus anseios

Em teus elementos descubro a natureza

Em teus sonhos acordo em pura realidade

Em teus medos embriago minha coragem

Em teus olhos encontro minha metade

Em teus modos minh´alma se acomoda

Em teus gestos silencio meus rancores

Em teus lábios os meus encontram morada

Em teus braços as dores se esvaem

Em teus risos encontro saudade e abrigo

Em tuas meias palavras sucumbem frases inteiras

Em tuas lágrimas meu coração afunda

Em tuas sombras guardo meus segredos

Em tuas teias me prendo indefeso

Em tuas veias circula meu eu

Em tuas feridas procuro a cura

Em tuas mãos me solto e fico

Em tuas iras me santifico 

Em teus dilemas me confundo

Em tuas decisões me ponho em dúvida

Em tuas dívidas me dou o troco

Em teus acasos encontro propósitos

Em teu sorriso combato minhas lágrimas

Em tua ausência me encontro em pedaços

Em tuas cores se faz meu arco-íris

Em teu silêncio perco minha fala

Em teus rompantes vive a euforia

Em teu mar o amar vira verbo

Em tua ousadia faz festa minha fantasia

Em teu par sinto-me ímpar


Em meus dias ... és tu a travessia