sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Que ... Se ... Sempre ... Há!


Felicidade controlada por impulsos
Imperfeitos sentimentos de razão
Missão cumprida pela metade
Falsa modéstia verdadeira
Esperança na rabeira
Vontade que some
Que divide
Que volta
Vontade
Vou tarde
Que espera
Que lidera
Que persegue
Que tarde
Que nunca
Que agora
Que nada
Se afunda
Se acha
Se mostra
Se agacha
Se morre
Se mata
Se pode
Maltrata
Se dói
Apaga
A luz da vida
Que a morte convida
A viver em vida
A ver na vida
A graça contida
Desgraça esquecida
De graças à vida
Mesmo sofrida
Menos vivida
Mais assistida
Mas assim vida
Mas há sem vida
Algo que ensina
Que tenta e levanta
Que faz a dança
Ciranda de roda
Olhar de criança
De ponta e alcança
Nasce de novo
De nome
Esperança

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Curtas VI

Não tenha pressa!

Mas também não aguarde eternamente as oportunidades.

Faça nascer a oportunidade da vontade que possui!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Aceita-te


Aceita-te assim, presente de Deus

Perfeito jamais, sofrimento talvez

Forte, quem sabe? Sorte, quem quer?

Morte marcada, vida atrevida?

Que anda com pressa, caminha e tropeça

Nas pedras da estrada, nas curvas sem freio

Derrapa e não para, não para, não para

Não olha pra trás, só olha pra frente

Pois sabe que atrás ... atrás vem gente

Esperando da vida, respostas diretas

Simples, completas, chatas e retas!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Silenciosamente


Há algo novo no velho sentimento que inspira cuidado dado a carência que transpira na alma já apagada daquele ser sobrevivente e cansado que caminha lentamente sem nunca chegar mas sem nunca voltar pois firme é o seu andar que carrega com dor a plena consciência e juventude antes jovem sem atitude antes ato e quietude que tem nos olhos o brilho e a lágrima quente que gela o coração do mais frio ser vivente capaz de entender o que verdadeiramente se sente ou se transpassa pela mente sem palavras silenciosamente.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Querência


Eu não quero saber onde está o Norte

Eu quero é sorte para ir ao Sul

Eu não quero saber o peso de meu passado

Eu quero no presente construir o futuro

Eu não quero saber o quanto dói

Eu quero que doa o suficiente

Eu não quero ver o que me mostram

Eu quero ver o que ninguém viu

Eu não quero ser mais um em mil

Eu quero ser um diferente dos mil

Eu não quero querer sem medida

Eu quero não querer querendo

terça-feira, 24 de julho de 2012

Olhos nos olhos


É a noite que se mostra
O que de dia não se vê
Negra nua, pura e crua
Se não fosse a lua, seria o que?

[Seriam as estrelas, que ao raiar do dia se vão
E não me deixam ver o brilho que me acalmava na escuridão]


Além da lua em suas fases
Vejo olhos que me vêem
Brilham díspares e distantes
Que me levam mais além

[Me levam onde meus pés não podem ir podem ir
Na volta sinto algo inexplicável
Algo como a primeira vez, mágico
Que talvez nem me lembre mais]


Penso nelas como gente
Que me olham lá do alto
As estrelas que me vêem
Como é o meu retrato

Linda e negra noite
Só se curva para o Sol
Sempre pronto na espera
O recomeço de uma era

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Encontro Marcado


Em qualquer hora e lugar do dia 19 de Janeiro de 2012:

Consigo imaginar a dor da solidão que brota no peito daquele cara
Chegou a ter amigos, ou pelo menos assim os considerava
Chegou a ter família
Chegou a ter motivo para continuar lutando
Chegou a ter esperança no amanhã
Mas esqueceu-se
Simplesmente esqueceu-se
Dos erros cometidos
Dos corações partidos
Da confiança dilacerada
Dos valores envolvidos
Esqueceu-se
Daquele que encarava no espelho ao amanhecer
Daqueles que deram a mão nos momentos mais difíceis
De todo não era ruim
Não desejava o mal, não fazia o mal
Era apenas um ser
Com muitos sonhos, realizações nem tantas
Após muita luta, suas conquistas perdiam o valor
Durante as lutas, não era raro se perguntar se era isso mesmo que queria
Montanha russa de emoções, de sentimentos, de amor próprio
Podia ser considerado exemplo
Talvez fosse isso que tanto pesava
Não tinha este objetivo
Por vezes tão infeliz apesar do sorriso exposto
Por vezes tão inseguro apesar da firme postura
Por vezes tão vivo apesar de desejar o fim
Sentia-se sozinho
Tão sozinho
Que nem a morte Lhe fazia companhia




...  Cheguei!
Às 07:37 de 17/07/12, como havíamos combinado antecipadamente.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Malogre


De onde vem esta saudade

Que o peito me invade

Que o fogo me acende

Que a alma transcende

Batendo pungente

Com jeito sutil

Provoca arrepio

Sentiu? ...

Mesmo que não

Diga que sim

Fale baixinho

Ao pé do ouvido

O mais doce ruído

Importante pra mim

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Insanidade Compulsória


Em torpe motivo razoável em questão

Eis que surge no esplendor da aurora

Um verso sentido do inverso que aflora

Sai de lado, de dentro ou de fora

Não cabe no cesto que o guarda por ora

Cesto nefasto que afasta e exprime

O que comprime se cala afoito

Doido varrido sem medo ou juízo

Sem culpa ou agulha

Nem faca nem linha

Que corta e amarra

O que prende e segura

Na busca insana da maldita cura

Pois são quem é? Quem quer?

De outrora a agora, crescente declínio

Impondo respeito, esbarra no peito

Aberto e seguro, tão perto no escuro

Distante de tudo quando rareia

Sozinho incendeia a brasa tão gris

Que assim satisfeito

Se encontra feliz

Enfim feliz

Sem fim

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Déjà vu


Como na seca por espera de chuva

Volto a escrever, não por ter algo dizer

Vazio por dentro, perplexo, estranho

Por onde anda a organização das palavras

Que de tão simples se desfaz

Nesse ínterim, ao começar ...

Palavras repetidas, frases já escritas

Pseudos sentimentos já aflorados

Exceto a ânsia que esmaga na parede

O que resta desta fresta?

Já não bastam os dizeres

Já não faltam os excessos

Já não é novo o que é de novo

Nem inédito o já escrito

Déjà vu do que não vi

Seja tu assim para mim

Seja eu assim assim

Déjà vu em mim

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Há tempo ainda


Há tempo ainda de recomeçar
Mesmo que o arrependimento dos erros cometidos te assalte a memória de uma maneira tão cruel e nada fugaz

Há tempo ainda de acertar
Mesmo que a insegurança do passado te domine de uma maneira sorrateira e te envolva como um polvo,  abraçando-te entre os tentáculos lisos e escorregadiços

Há tempo ainda de libertar
Mesmo que continue preso entre as presas que criastes como âncora para não afastares de um porto que julgavas seguro

Há tempo ainda de perdoar
Mesmo que as injúrias sofridas permaneçam presentes em tua memória, esforça-te para arrancá-las de teu coração

Há tempo ainda de sorrir
Mesmo que as lágrimas corram de teus olhos como um rio corre para o mar, ainda assim e apesar disto, mostre o brilho de um sorriso para alguém, serás como estrela em noite sem luar

Há tempo ainda de agradecer
Mesmo que não tenhas o que desejas, tens o que te cabe e merece para cumprir tua missão, tens ainda muito mais que outros em piores situações

Há tempo ainda de viver
Mesmo que não seja como sonhou, és como é e como precisa ser para teu ajustamento moral e entendimento espiritual, aproveite a estadia e o tempo que te sobra

Há tempo ainda

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Hoje eu quero sair só (Lenine)

Se você quer me seguir
Não é seguro
Você não quer me trancar
Num quarto escuro
Às vezes parece até
Que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só ...

Você não vai me acertar
À queima-roupa
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Às vezes parece até
Que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só

Não demora eu tô de volta (Tchau!)
Vai ver se eu tô lá na esquina
Devo estar! (Tchau!)
Já deu minha hora
E eu não posso ficar (Tchau!)
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua (Tchau!)
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua

Hoje eu quero sair só!
Huuuum!




quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Contrasenso


Tão doce quanto o amargo de teu sorriso


Tão claro quanto o breu de teus olhos


Tão distante quanto o aperto de teu abraço


Tão profano quanto à fé que te envolve


Justapondo o movimento estático


Do silêncio que brada no peito


Daquela voz que cala em sons


Esteja pronto, mas nem tanto


Não mate o efeito surpresa


Dê chance à espontaneidade


Permita-se perder o chão


O ar, a cor, o rebolado


Permita-se perder-se


Pois só assim


Serás encontrado

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vivo


Não me apego ao desapego dos prazeres


Já que não os tenho em fartura


Não exalto o excesso nem tampouco a candura


Vivo na minha, na manha, na teia da aranha


Na casca do ovo, na boca do povo


Vivo na margem, na beira, na feira


Vivo tranqüilo meu caminho inseguro


Que de incerto se faz propício


Seja na queda de um precipício


Na normalidade de um hospício


Ou na segurança de um vício


Quero aquilo que posso


Faço aquilo que devo


Temo o que não posso


Mais ainda o que não devo


E quanto ao que quero


Mesmo que eu possa


Talvez eu não deva!

Mimar você (Alain Tavares / Gilson Babilônia)


Eu te quero só pra mim
Você mora em meu coração
Não me deixe só aqui
Esperando mais um verão
Espero meu bem pra gente se amar de novo
Mimar você
Nas quatro estações
Relembrar o tempo que passamos juntos
Que bom te ver
Andar de mãos dadas na beira da praia
Por esse momento eu sempre esperei