Acompanho-me sozinho nesta estrada sem destino
Sigo em paz em passos firmes
Tortos, cambaleantes me persigo
Fecho os olhos, a boca, a mente ...
Abrigo meu de partes tuas
Amigo teu de sol e luas
Faz em fases descontínuas
Jaz em vezes dividido
Repartindo novamente
De um inteiro já partido
Escrever pode até ser uma arte, mas antes disto é um direito! ... tenho usado a palavra "coesia" para representar nossos atos comuns, feitos com mais cuidado, presteza e carinho do que convencionalmente fazemos nossos atos comuns. A palavra "coesia" surge com o sentido de trazer poesia a cada coisa que fazemos nesta vida ... justamente por entender que uma poesia raramente nasce sem cuidado, presteza ou carinho na escolha das palavras, das rimas, do sentido ... Seja bem vindo!
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Recomece ...
O dia amanhece
O corpo padece
A criança cresce
Há fé na prece
A rua desce
A tarde escurece
A gente esquece
O amanhã aparece
A saudade adormece
O tapa amortece
O beijo de quermesse
A vida carece
Recomece!
O corpo padece
A criança cresce
Há fé na prece
A rua desce
A tarde escurece
A gente esquece
O amanhã aparece
A saudade adormece
O tapa amortece
O beijo de quermesse
A vida carece
Recomece!
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Sem sentido
Raios de sol reluzindo nova aurora
Saudade amanhece desperta
Diz para o coração: aguenta
Que pulsa em tons tão gris
Desconforto momentâneo
Feito caule sem raiz
Solto, perdido, sem chão
Fadado a secura
Sem cura ou alívio
Anestesiado de dor
Especiaria sem sabor
Sem cheiro, sem cor
Flor de mentira
Que não morre mas não vive
Enfeita mas não encanta
Chora sem lamento
Tempestade de vento
Nuvem sem desenho
Estrela sem pedido
Opinião sem partido
Átomo dividido
Borboleta em preto e branco
Arco-íris monocromático
Mapa sem tesouro
César sem louros
Saturno sem anéis
Lápis sem papéis
Centopeia sem pés
Coisas sem sentido
Coração espremido
De saudade pungente
Eu sem você
Simplesmente
Saudade amanhece desperta
Diz para o coração: aguenta
Que pulsa em tons tão gris
Desconforto momentâneo
Feito caule sem raiz
Solto, perdido, sem chão
Fadado a secura
Sem cura ou alívio
Anestesiado de dor
Especiaria sem sabor
Sem cheiro, sem cor
Flor de mentira
Que não morre mas não vive
Enfeita mas não encanta
Chora sem lamento
Tempestade de vento
Nuvem sem desenho
Estrela sem pedido
Opinião sem partido
Átomo dividido
Borboleta em preto e branco
Arco-íris monocromático
Mapa sem tesouro
César sem louros
Saturno sem anéis
Lápis sem papéis
Centopeia sem pés
Coisas sem sentido
Coração espremido
De saudade pungente
Eu sem você
Simplesmente
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Pode até mas não precisa e vice versa
Para estar distante não
precisa estar longe
Para estar feliz não
precisa estar sorrindo
Para estar
carente não precisa estar sozinho
Para estar triste não
precisa estar chorando
Para estar falando não
precisa estar pensando
Para estar amando não
precisa estar sofrendo
Para estar sentindo não
precisa estar doendo
Para estar pronto não
precisa estar direito
Para estar depois não
precisa estar agora
Para estar
vazio não precisa estar furado
Para estar
cheio não precisa estar lotado
Para estar
fechado não precisa estar vermelho
Para estar
atento não precisa estar amarelo
Para estar
aberto não precisa estar verde
Para estar
doce não precisa estar melado
Para estar
sujo não precisa estar suado
Para estar
paciente não precisa estar doente
Para estar
presente não precisa estar ausente
Para estar
comigo não precisa estar contente
Para estar
dormindo não precisa estar com sono
Para estar
no jogo não precisa estar ganhando
Para estar
na prosa não precisa estar na rima
Para estar
na areia não precisa estar na praia
Para estar
em partes não precisa estar aqui
Para estar
no breu não precisa estar sem luz
Para estar
chovendo não precisa estar sem sol
Para estar
fingindo não precisa estar roncando
Para estar
cego não precisa estar no escuro
Para estar
confuso não precisa estar perdido
Para estar
difuso não precisa estar partido
Para estar
compacto não precisa estar comprimido
Para estar
mudado não precisa estar diferente
Para estar
mudo não precisa estar calado
Para estar
com pressa não precisa estar atrasado
Para estar
colorido não precisa estar primavera
Para estar
com folga não precisa estar frouxo
Para estar
machucado não precisa estar roxo
Para estar
puro não precisa estar criança
Para estar
na roda não precisa estar na dança
Para estar
firme não precisa estar duro
Para estar
na dúvida não precisa estar no muro
Para estar
no ponto não precisa estar maduro
Para estar
no centro não precisa estar no meio
Para estar
em cima não precisa estar no palco
Para estar
rouco não precisa estar sem voz
Para estar
preso não precisa estar com nós
Para estar
solto não precisa estar largado
Para estar
completo não precisa estar inteiro
Para estar
no inicio não precisa estar janeiro
Para estar
em festa não precisa estar fevereiro
Para estar
molhado não precisa estar março
Para estar
mentindo não precisa estar abril
Para estar
grinalda não precisa estar maio
Para estar
na fogueira não precisa estar junho
Para estar
de boa não precisa estar julho
Para estar
louco não precisa estar agosto
Para estar
independente não precisa estar setembro
Para estar
criança não precisa estar outubro
Para estar
morto não precisa estar novembro
Para estar
em prece não precisa estar dezembro
Para estar
acabado não precisa estar no fim
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Paz em partes
Faço-me em partes de um todo não inteiro
Recomponho-me calado, unindo fragmentos
Voe pensamentos!
Carregue-me em teu colo
Leve-me contigo
Mostre-me um abrigo
Abriga-te em paz
Coração de menino
Sonhos de rapaz
sábado, 30 de novembro de 2013
Saudade
Saudade temos daquilo que não mais temos
Seja por ora agora ...
E assim breve a saudade se esvai
Seja por ontem, amanhã e depois de amanhã
E assim longe a saudade se fortalece
Seja como for
O coração adormece
A alma carece
A mente não esquece
A fé procura a prece
O dia anoitece
E a saudade reaparece
Seja por ora agora ...
E assim breve a saudade se esvai
Seja por ontem, amanhã e depois de amanhã
E assim longe a saudade se fortalece
Seja como for
O coração adormece
A alma carece
A mente não esquece
A fé procura a prece
O dia anoitece
E a saudade reaparece
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Tarde, noite e dia
Tem tarde quase noite
Em que a crua luz da lua
Esconde sob pontes
A felicidade sua
Tem noite quase dia
Em que em mim você se esconde
Permita Deus que eu seja
Sempre seu abrigo e ponte
Tem dia quase tarde
Em que a gente é mais a gente
Vivendo felizmente a magia do presente
Sonhando o futuro, lembrando do passado
Seguindo passo a passo,
lado a lado, mão na mão
Mente aberta e olhos fechados
Guiados pelo coração
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Cor, ação e mente
Coragem coração convicto
Abrace a vida, abra-se e viva
No embate com a razão
Sou mais ti coração
Reaja coração aflito
Exploda, atinja
Não há conflito
És soberano tal infinito
Entenda coração em tempo
Os sentimentos em ti afloram
Geram mudanças, homens choram
Conquistam o impossível a toda hora
Grite coração calado
Doa se necessário
Faz sofrer, faça rir
Faz sorrir quando amuado
Bata coração guerreiro
És da parte um inteiro
Que transborda em alegria
Que renasce a cada dia
Chore coração alegre
Transforme em lágrimas o que sente
Seja autêntico e verdadeiro
Seja cor, ação e mente
Abrace a vida, abra-se e viva
No embate com a razão
Sou mais ti coração
Reaja coração aflito
Exploda, atinja
Não há conflito
És soberano tal infinito
Entenda coração em tempo
Os sentimentos em ti afloram
Geram mudanças, homens choram
Conquistam o impossível a toda hora
Grite coração calado
Doa se necessário
Faz sofrer, faça rir
Faz sorrir quando amuado
Bata coração guerreiro
És da parte um inteiro
Que transborda em alegria
Que renasce a cada dia
Chore coração alegre
Transforme em lágrimas o que sente
Seja autêntico e verdadeiro
Seja cor, ação e mente
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Curtas VIII
Na vida a gente não acerta sempre. Mas se a gente não fizer nada, talvez a gente nunca acerte.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Não do amor
E o amor quando vem ...
Não pede passagem
Não manda recado
Não chega atrasado
Não deixa de lado
Não gasta rascunho
Não passa a limpo
Vem de verdade!
Abraça a alma
Aperta o peito
Coração inflama
Arrepia por dentro
Demonstra por fora
Decifra silêncios
Dia após dia
Transforma palavras
Em pura poesia
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Silenciosa declamação
Não é preciso nem fechar os olhos para ouvir nossa canção
A me envolver e me embalar a alma seguindo a voz do coração
Não há mistério nem razão, amor puro, nobre revelação
Natural e vital como as ondas do mar
Como a importância do vento para velejar
Como a semente para plantar
Como você e eu sob o luar
Amor a me envolver e a me ensinar
A me dar coragem para enfrentar
Amor que encontro no tocar suave de suas mãos
No brilho de seu olhar
Na sua voz a ecoar
Em seu sorriso que me faz sonhar
Amor que transforma qualquer nosso momento em magia
Que traz a paz
Amor que faz o melhor de mim ser seu, sem segredo
Num simples desejo de ser e te fazer feliz
Uma única eterna vez ...
A me envolver e me embalar a alma seguindo a voz do coração
Não há mistério nem razão, amor puro, nobre revelação
Natural e vital como as ondas do mar
Como a importância do vento para velejar
Como a semente para plantar
Como você e eu sob o luar
Amor a me envolver e a me ensinar
A me dar coragem para enfrentar
Amor que encontro no tocar suave de suas mãos
No brilho de seu olhar
Na sua voz a ecoar
Em seu sorriso que me faz sonhar
Amor que transforma qualquer nosso momento em magia
Que traz a paz
Amor que faz o melhor de mim ser seu, sem segredo
Num simples desejo de ser e te fazer feliz
Uma única eterna vez ...
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Lunáticos
Lua clara em noite vazia
Iluminando cheios corações de saudade e agonia
Unindo olhares distantes com sua magia
Preparando a aurora de um novo dia
Dia novo por alguns esperado
Por outros nem notado
Por poucos mais que desejado
Por loucos abençoado
Loucos que contemplam a lua tal o sol raiado
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Sem barreiras
Invade-me o ser
Assim como o mar
Invade na praia a areia
Mas não respeita as marés
Simplesmente avança, avança sem recuar
Enche-me de vida, apodera-se, apropria-se
Amontoa-se em mim, mistura-se, confunde-me
Convence-me, sutil e vigorosamente
Não reajo, não consigo, não posso, não quero
Não não gosto, me mostro, me prostro, me deixo invadir
Acostumo-me, dependo-te, delírio-te, delito-me voluntariamente
sem dano algum
Propago-me, propendo-me, propicio-te em mim, encasulo-te
Jaz em mim
Como jasmim
Em belo e suntuoso jardim
Vida
O que é a vida, senão o que
fazemos dela a cada momento.
A vida não é um resumo! É a uma obra inteira!
A qual escrevemos com o
instrumento que temos à disposição, nem sempre o mais o apropriado para nossas
mãos e para o papel, machucando ambos e dificultando a interpretação.
E esta obra é construída a cada
passo, a cada decisão, a cada ensinamento, a cada despertar em aurora que nos
espera por agir, nos espera que não esperemos demais.
Ainda que existam novas auroras e
infinitas existirão, não sabemos qual será a última que poderemos aproveitar, não sabemos , nem sequer, qual
será a penúltima ...
Não sejamos egoístas, mas deixemos o altruísmo
de lado em parte desta obra, caso contrário, seremos narrador e figurante da vida
alheia, por mais que a esta alheia vida sempre desejamos o melhor.
Um dos significados da palavra vida
no dicionário é o período compreendido entre o nascimento e a morte, também chamado
por existência, mas será que para viver basta existir?
Será que tudo que existe tem vida?
Será que tudo que tem vida
existe?
Recorrendo a Descartes, “Penso, logo
existo”, mas se não sonho, não vivo ..., e nem por isso deixo de existir.
Costumam dizer "faça de sua vida
uma eterna alegria", como se a vida fosse um tanto quanto deslocada de você, apesar de
ser sua, então porque não dizer "faça de você uma eterna alegria", você é o
protagonista da vida, a vida ... a vida é o que alguém contará ... depois ... se você
tiver sido alguém nela.
domingo, 6 de outubro de 2013
Posseiro de que?
Nossos
olhos se olham
Nossos
corações se falam
Nossos
lábios se beijam
Nossas
almas se calam
Comemoram
em silêncio
Entreolham-se
Entretocam-se
Entreacordam-se
Olvidar de
pronomes
Reencontram-se
Revivem
Renovam
Reeternizam-se
sábado, 5 de outubro de 2013
És em mim
Forte e abstrato como o vento
Leve e puro como orvalho cristalino
Em meu peito faz morada
Em meu ser sereia você
Encanta-me com teu canto
Em teu sorriso enconde-se o juízo
Em teu silêncio a verdade ecoa
Em teus olhos brilham astros
És Monalisa de Da Vinci
És perfeição de Quintana
És de Pessoa a eterna busca do eu
És de mim, o que mais em mim
Busco e me encontro
Enfim
Leve e puro como orvalho cristalino
Em meu peito faz morada
Em meu ser sereia você
Encanta-me com teu canto
Em teu sorriso enconde-se o juízo
Em teu silêncio a verdade ecoa
Em teus olhos brilham astros
És Monalisa de Da Vinci
És perfeição de Quintana
És de Pessoa a eterna busca do eu
És de mim, o que mais em mim
Busco e me encontro
Enfim
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Falta do que é preciso
A lua se foi e o sol está a brilhar
meu coração espera a ti reencontrar
meu peito carece teu ar respirar
meus olhos precisam dos seus para viajar
Viajar em teu
sorriso, em teu sonho mais bonito
viajar em nosso mundo, nosso diferente mundo
Encontrar a minha paz, a parte inteira que me falta
encontrar-me em tuas mãos,
que me afagam e suportam
Teu abraço me abriga, me acalma, me completa
Faltando
que estou, recorro as lembranças ...
dos momentos que passamos, dos sorrisos que trocamos
Recorro ao sentimento que surgiu e ainda forte existe
Recorro aos meus sonhos
...
Pois sonhar contigo confunde a própria realidade!
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Questão de tempo
Leve o
tempo que o tempo leve
duradouro,
instante, breve
de
segundos que se atraem
em
ponteiros que se atrevem
Longe vai
por onde for
de
soslaio sutilmente
sobrepujando
a dor
tal amor
se faz fluente
De
passado faz presente
leva o
hoje ao futuro
continua
sempre em frente
caminhando
no escuro
Sempre há
oportunidade
de usá-lo
bem ou mal
ele passa
não espera
talvez
nos use no final
Por mais
que tenha sua cadencia
parece
sempre contra nós
mas só
ele nos permite
ter e
desatar os nós
Esconde
marcas, cicatrizes
que com
ele foram feitas
traz em
si suas raízes
sabe a
hora da colheita
Temos
tempo, assim achamos
mas o
tempo é que nos tem
ora donos, ora escravos
hora que nos faz reféns
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Coisando
Existem coisas que não se entendem
Existem coisas que não se explicam
Existem coisas que não se entende
Existem coisas que só multiplicam
Existem coisas que não se divide
Existem coisas que não se mostram
Existem coisas que não se acabam
Existem coisas que só começam
Existem coisas que não se escreve
Existem coisas que não se conta
Existem coisas que não se mede
Existem coisas que só se repetem
Existem coisas que não se promete
Existem coisas que não se faz
Existem coisas que não existe
Existem coisas que só nos faz
Existir!
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Para doxa
Sinto-me um oxímoro pessoano
Entendo-me por inteiro o vazio que sou
Aceito-me negando o que não sou, mesmo sendo
Sou fraco e inquebrável, forte e não durável
Sou o que fui, e serei não o que sou
Serei eu que não fui
Ou não fui eu que não sou
Entendo-me por inteiro o vazio que sou
Aceito-me negando o que não sou, mesmo sendo
Sou fraco e inquebrável, forte e não durável
Sou o que fui, e serei não o que sou
Serei eu que não fui
Ou não fui eu que não sou
Um simples pedido do amor
Carregue-me em teus braços
Regue-me em teu jardim
Sou flor que tu plantastes
Colha-me e cuida de mim!
Regue-me em teu jardim
Sou flor que tu plantastes
Colha-me e cuida de mim!
domingo, 22 de setembro de 2013
Conjunção celeste (O espetáculo do sofrimento)
Tento imaginar a dor da Lua e a frustração de Vênus aos serem contemplados num mesmo olhar, admirados numa mesma tela, encantando a todos pela linda união, quando na verdade ambos sabem o quão distantes são. Aparentam-se perto, o que já basta neste mundo de aparências.
sábado, 21 de setembro de 2013
Coesias antilassônicas
Escrever pode até ser uma arte, mas antes disto é um direito.
Todos temos o direito de escrever, de usar as palavras, brincar com elas e organizá-las criando um sentido, expressando um sentimento, um pensamento, uma vivência, um momento, uma carência, uma indignação, um "sei lá o que" que é preciso ser escrito, ser posto para fora, ser compartilhado, para ser lido ou ignorado.
As palavras são muitas, centenas, milhares e por que não infinitas?
Por que devemos nos limitar nas palavras que conhecemos ou que possamos procurar para saber como e onde usar?
Entendo que a vida é mais complexa e subjetiva, e que palavras e significados reunidos em um dicionário nem sempre poderão ajudar, ainda mais quando se trata de sentimentos. Palavras ligadas à sentimentos não podem, ou não devem, ter o mesmo significado, a mesma intensidade, a mesma frieza de leitura e interpretação, pois as pessoas são diferentes, os sentimentos são diferentes, e talvez nem existam palavras que consigam expressar estes sentimentos.
Da mesma forma entendo, que não se pode, ou não se consegue, medir sentimentos, sejam eles quais forem, como a dor, o amor, a saudade, a raiva, entre tantos outros que somente cada um de nós consegue sentir e nem sempre entender, o que dificulta ainda mais expressá-los através de palavras.
Sendo assim, vejo então, que para expressar verdadeiramente e completamente um sentimento é preciso mais que palavras, nossos atos ajudam bastante nestas horas, a distância atrapalha, pois por vezes, basta um olhar, um sorriso, um abraço, um aperto de mão para que nossos sentimentos sejam expostos e magicamente entendidos, mesmo que nem sempre correspondidos.
Mas voltando nas palavras, existe uma (mesmo que seja criação minha) que recentemente comecei a usar para representar nossos atos comuns feitos com mais cuidado, presteza e carinho do que convencionalmente fazemos nossos atos comuns. Para esta palavra dei o nome de "coesia", no sentido de trazer poesia a cada coisa que fazemos nesta vida. Justamente por entender que uma poesia raramente nasce sem cuidado, presteza ou carinho na escolha das palavras, das rimas, do sentido e nesta poesia encontra-se o maior esforço de expressar um sentimento, o qual já vimos a dificuldade de fazê-lo através de palavras somente.
A expressão "Coesia Antilassônica" surge então neste sentido, de fazer as coisas com mais cuidado, presteza e carinho, sejam elas quais coisas forem. O termo antilassônico, que também adaptei, vem do adjetivo "lasso", este existe no dicionário, que significa cansado, entediado, que sente profunda fadiga física, abatido.
Desta forma, o que proponho então, é viver cada segundo de nossa vida com coesia, nos tornando soldados do bem, em busca de um mundo melhor, lutando contra o tédio e a mesmice deste mundo lasso!
Todos temos o direito de escrever, de usar as palavras, brincar com elas e organizá-las criando um sentido, expressando um sentimento, um pensamento, uma vivência, um momento, uma carência, uma indignação, um "sei lá o que" que é preciso ser escrito, ser posto para fora, ser compartilhado, para ser lido ou ignorado.
As palavras são muitas, centenas, milhares e por que não infinitas?
Por que devemos nos limitar nas palavras que conhecemos ou que possamos procurar para saber como e onde usar?
Entendo que a vida é mais complexa e subjetiva, e que palavras e significados reunidos em um dicionário nem sempre poderão ajudar, ainda mais quando se trata de sentimentos. Palavras ligadas à sentimentos não podem, ou não devem, ter o mesmo significado, a mesma intensidade, a mesma frieza de leitura e interpretação, pois as pessoas são diferentes, os sentimentos são diferentes, e talvez nem existam palavras que consigam expressar estes sentimentos.
Da mesma forma entendo, que não se pode, ou não se consegue, medir sentimentos, sejam eles quais forem, como a dor, o amor, a saudade, a raiva, entre tantos outros que somente cada um de nós consegue sentir e nem sempre entender, o que dificulta ainda mais expressá-los através de palavras.
Sendo assim, vejo então, que para expressar verdadeiramente e completamente um sentimento é preciso mais que palavras, nossos atos ajudam bastante nestas horas, a distância atrapalha, pois por vezes, basta um olhar, um sorriso, um abraço, um aperto de mão para que nossos sentimentos sejam expostos e magicamente entendidos, mesmo que nem sempre correspondidos.
Mas voltando nas palavras, existe uma (mesmo que seja criação minha) que recentemente comecei a usar para representar nossos atos comuns feitos com mais cuidado, presteza e carinho do que convencionalmente fazemos nossos atos comuns. Para esta palavra dei o nome de "coesia", no sentido de trazer poesia a cada coisa que fazemos nesta vida. Justamente por entender que uma poesia raramente nasce sem cuidado, presteza ou carinho na escolha das palavras, das rimas, do sentido e nesta poesia encontra-se o maior esforço de expressar um sentimento, o qual já vimos a dificuldade de fazê-lo através de palavras somente.
A expressão "Coesia Antilassônica" surge então neste sentido, de fazer as coisas com mais cuidado, presteza e carinho, sejam elas quais coisas forem. O termo antilassônico, que também adaptei, vem do adjetivo "lasso", este existe no dicionário, que significa cansado, entediado, que sente profunda fadiga física, abatido.
Desta forma, o que proponho então, é viver cada segundo de nossa vida com coesia, nos tornando soldados do bem, em busca de um mundo melhor, lutando contra o tédio e a mesmice deste mundo lasso!
Mundo lasso!
Donde parte faço o meu
Resgato e transformo em quimera
Com brilho e cor de primavera
Onde a saudade não prospera
Mas eu e meu mundo nada são
Antes fosse nosso!
E para isso faço votos
Que dele faça parte
E que dessa arte
Possamos ...
Desvanecer!
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Dança da vida
Revigora minha alma, reinventa minha sina
Traz de volta minha calma, seja minha estrela guia
Em seu brilho me fascino, seu sorriso me encanta
Tenho a ti um sentimento com pureza de criança
E nesta dança eu me vejo dando passos e tropeços
Em meados desta cena sinto falta de mim mesmo
E a esmo fico enfim procurando eu em mim
Onde estou que não me acho?
Se não for em teu abraço, em teu colo ou regaço
Sei que ainda existe um laço, que nos une no compasso
Desta dança nesta vida que me forjo como aço!
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Curtas VII
Onde fica oeste neste norte que me segue sendo sul que me suga deste leste que me deixaste assim ... perdido!
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Irrefutável
Por mais que eu tente encontrar maneiras que consigam
representar a sensação de estar contigo, sinto-me incapaz de comparar coisas
que pertencem a mundos tão distintos.
Como explicar que o chão se abre a cada passo dado em sua
direção?
Quem acreditaria que de fato flutuo embalado no ar que te
rodeia?
Não sei dizer o que me conduz, se me seduz, assim o faz da
forma mais bela e encantadora.
Ao olhar para ti, o destino se embaraça, perde a linha, a
graça, confunde-se por inteiro, erra pela metade.
Quanto menos palavras usamos, mais nos entendemos, numa
verdadeira troca do melhor que temos.
Toque em meus lábios, aconchegue-se em meu peito, ouça o
bater sincero de meu coração guerreiro.
Deixe teu cheiro me levar às nuvens, agradecer ao anjo que
te criaste, conhecer a essência de tua alma, de teu brilho diferente.
Vem com teu abraço me fazer forte, me dar coragem, mostrar a
luz.
Vem com tua força dominar meu medo!
Arrepio-me por inteiro em pura emoção ... e nada mais!
Faz da minha vida a missão nada impossível de te amar!
Não há motivo, sigo teus traços, tua luz, teu rumo, teu
instinto, me desarrumo.
Você me falta, o tempo nos falta, só não nos faltam por quês!
Por quê?
domingo, 15 de setembro de 2013
Pretérito imperfeito (... um tanto quanto subjuntivo ...)
Como se só agora eu descobrisse ou percebesse que uma parte sempre faltou em mim
Como se só agora a aurora de um novo despertar chegasse com um brilho que acende minh´alma
Como se só agora meus caminhos trilhados fizessem sentido e me mostrassem o sentido
Como se só agora o ar que eu respiro invadisse meus pulmões enchendo-os com o seu perfume
Como se só agora o breu da noite sem luar ressaltasse o fulgor do seu olhar distante
Como se só agora seu semblante ditoso transformasse em magia a beleza que emana de ti
Como se só agora as palavras e o silêncio ecoassem calados confortando o meu coração que é seu
Como se só agora seu sorriso sincero reluzisse em mim a força e a luz que habita em ti
Como se só agora toda música fosse nossa, embalando e conduzindo nossos passos
Como se só agora meu ombro caído servisse de abrigo para um coração que também é meu
Como se só agora o simples tocar de nossas mãos trouxesse a paz e o porto seguro que carece nosso ser
Como se só agora nossos braços nos envolvessem e este abraço nos juntasse num único ser, num só coração
Como se só agora a distância entre nossos olhos fizesse com que nossos lábios se encontrassem e se perdessem
Como se só agora o estar longe nunca fosse mais perto, e por mais perto que fosse, ainda seria longe
Como se só agora criar um mundo fosse possível, formado de coisas que gostamos e poesias que fizemos ... e ainda faremos
Como se só agora a sintonia e a harmonia fizessem parte de nossos atos e pensamentos e a coesia maestrasse soberana nesses momentos
Como se só agora uma força desconhecida nos unisse e nos levasse a crer que nunca estivemos separados
Como se só agora meus versos tivessem um motivo, uma nobre singela verdadeira e autêntica razão
Como se só agora me faltassem palavras que consigam traduzir verdadeiramente o que sinto e preciso
Como se só agora o ocaso cansado deixasse comigo o adormecer divino que renova, revigora, revive e acalenta este ser sofrido
Como se só agora eu me encontrasse numa situação tal qual não sei o que fazer, dizer, sentir, pedir ou esperar ... posso assistir e sonhar ... prefiro viver e acreditar
Como se só agora eu tentasse controlar meus sentimentos e minha memória, o que criamos e nossa história ... enganando-me em vão ... pois esquecer só me faz lembrar ...
Como se só agora a metamorfose compulsória de uma lagarta mostrasse a graça, o encanto e a beleza da mais linda borboleta
Como se só agora a aurora de um novo despertar chegasse com um brilho que acende minh´alma
Como se só agora meus caminhos trilhados fizessem sentido e me mostrassem o sentido
Como se só agora o ar que eu respiro invadisse meus pulmões enchendo-os com o seu perfume
Como se só agora o breu da noite sem luar ressaltasse o fulgor do seu olhar distante
Como se só agora seu semblante ditoso transformasse em magia a beleza que emana de ti
Como se só agora as palavras e o silêncio ecoassem calados confortando o meu coração que é seu
Como se só agora seu sorriso sincero reluzisse em mim a força e a luz que habita em ti
Como se só agora toda música fosse nossa, embalando e conduzindo nossos passos
Como se só agora meu ombro caído servisse de abrigo para um coração que também é meu
Como se só agora o simples tocar de nossas mãos trouxesse a paz e o porto seguro que carece nosso ser
Como se só agora nossos braços nos envolvessem e este abraço nos juntasse num único ser, num só coração
Como se só agora a distância entre nossos olhos fizesse com que nossos lábios se encontrassem e se perdessem
Como se só agora o estar longe nunca fosse mais perto, e por mais perto que fosse, ainda seria longe
Como se só agora criar um mundo fosse possível, formado de coisas que gostamos e poesias que fizemos ... e ainda faremos
Como se só agora a sintonia e a harmonia fizessem parte de nossos atos e pensamentos e a coesia maestrasse soberana nesses momentos
Como se só agora uma força desconhecida nos unisse e nos levasse a crer que nunca estivemos separados
Como se só agora meus versos tivessem um motivo, uma nobre singela verdadeira e autêntica razão
Como se só agora me faltassem palavras que consigam traduzir verdadeiramente o que sinto e preciso
Como se só agora o ocaso cansado deixasse comigo o adormecer divino que renova, revigora, revive e acalenta este ser sofrido
Como se só agora eu me encontrasse numa situação tal qual não sei o que fazer, dizer, sentir, pedir ou esperar ... posso assistir e sonhar ... prefiro viver e acreditar
Como se só agora eu tentasse controlar meus sentimentos e minha memória, o que criamos e nossa história ... enganando-me em vão ... pois esquecer só me faz lembrar ...
Como se só agora a metamorfose compulsória de uma lagarta mostrasse a graça, o encanto e a beleza da mais linda borboleta
sábado, 31 de agosto de 2013
Razão desconhecida
Era uma vez um encontro que nasceu de uma aventura
Carência e desejos mútuos, sentimentos irrelevantes
Conversas, confidências, carícias sem planos nem porquês
O momento falava mais alto, gritava, voava, vivia!
O momento se foi, e o que se ficou, marcou, pediu bis!
Há regras para sonhar?
Há limites para viver?
Em face as limitações, algo cativante se apoderava
Roubava nossos juízos de maneira fascinante
Preenchia as tardes vazias explorando nossa imaginação
Um sentimento ia nascendo ... verdadeiro
Era o que se sentia, algo novo ...
Com você eu me importava!
Estava vivendo, renascendo
Sabíamos no fundo onde tudo ia dar
Mas suas mãos macias me faziam esquecer
Talvez fosse o respeito que nos chegamos a dar
E por mais que saibamos ou imaginemos o futuro
Uma grande incógnita nos persegue
Será amor, paixão ou só algo de pele?
Carência e desejos mútuos, sentimentos irrelevantes
Conversas, confidências, carícias sem planos nem porquês
O momento falava mais alto, gritava, voava, vivia!
O momento se foi, e o que se ficou, marcou, pediu bis!
Há regras para sonhar?
Há limites para viver?
Em face as limitações, algo cativante se apoderava
Roubava nossos juízos de maneira fascinante
Preenchia as tardes vazias explorando nossa imaginação
Um sentimento ia nascendo ... verdadeiro
Era o que se sentia, algo novo ...
Com você eu me importava!
Estava vivendo, renascendo
Sabíamos no fundo onde tudo ia dar
Mas suas mãos macias me faziam esquecer
Talvez fosse o respeito que nos chegamos a dar
E por mais que saibamos ou imaginemos o futuro
Uma grande incógnita nos persegue
Será amor, paixão ou só algo de pele?
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Momentos e histórias
A vida é feita de momentos e histórias
Viver momentos e contar histórias
Ter o viver comandado por conceitos de certo e errado
É trocar o coração por uma máquina que pulsa
Não que a razão não tenha razão
Mas só a razão não entende e não conhece
Forças e sentimentos
A razão não acredita em milagres!
Sábia é a razão que se faz cedente ao coração
Nem tanto prudente, às vezes carente
Que busca na calda da estrela cadente
A fuga pra dor e o descanso pra mente
Considere a verdade, ou grande parte dela
A melhor resolvedora de problemas
Use-a nos momentos vividos
Guarde-a nas histórias
Mundo lasso!
Donde parte faço o meu
Resgato e transformo em quimera
Com brilho e cor de primavera
Onde a saudade não prospera
Mas eu e meu mundo nada são
Mas eu e meu mundo nada são
Antes fosse nosso!
E para isso faço votos
Que dele faça parte
E que dessa arte
Possamos
DesvanecerExistindo
Renuncio a ti, para não renunciar a vida
Ah! Vida ... mesmo que acabe nunca termina
Sem vida jamais terei a ti
Sem ti ainda há vida
Ávida, lívida, confusa e imprecisa
sexta-feira, 19 de julho de 2013
... buscando palavras ...
... buscando palavras para um novo texto ... mesmo sabendo que um texto não nasce quando eu quero ... um texto nasce quando as palavras por si só se encontram, se apaixonam e decidem se juntar ... um texto nasce assim ... sem sentido nem direção ... sem vergonha nem juízo ... talvez, na verdade um texto não nasça ... um texto sempre exista ... para acalentar uma alma, para preencher um vazio, para ser descoberto, para ser escrito, revelado ... para ser o que sempre foi ... para ser ... sempre ... o que foi ... agora visto ... lido ... sentido ... sentindo ... ...
Sobrevivendo
Gotas frias de orvalho, vazias ...
Explorando um novo terreno
Renascendo em si ...
Sabe que no fundo
O viver é um mistério
Fascinante e cativante
Aventura irrelevante
Que só vale por inteiro
Se o sentir for verdadeiro
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Apaixonadamente
Gentilmente gente mente
Facilmente faz a mente
Declaradamente declara da mente
Atualmente atua ou mente
Apaixonadamente a paixão nada mente
Gentilmente faz a mente
Facilmente gente mente
Declaradamente atua ou mente
Atualmente declara da mente
Apaixonadamente a paixão nada mente
Gentilmente declara da mente
Facilmente atua ou mente
Declaradamente gente mente
Atualmente faz a mente
Apaixonadamente a paixão nada mente
Gentilmente atua ou mente
Facilmente declara da mente
Declaradamente faz a mente
Atualmente gente mente
Apaixonadamente a paixão nada mente
A paixão nada mente apaixonadamente
Gentilmente facilmente
Declaradamente atualmente
Apaixonadamente
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Dom do amor
Quando a essência é esquecida
Não há ato em qualquer vida
Que transmita plenamente
A dor ou emoção sentida
Demonstrando só por
fora
O que por dentro é diferente
E espelhos não conseguem
Refletir o que se sente
Mostra o que quer
E enxerga o que precisa
Esconde anseios e lamúrias
Tormentas e fúrias
Ainda assim, és o que é
E seja o que for
Rosa, dor, espinho ou flor
Existirá em ti
A magia e o dom do amor
Correio elegante
Seu sorriso me encanta, como se encanta o pescador com o mar.
És bela como a lua, não importa em que fase, nem se se mostra aos outros ...
Pois quem a conhece te enxerga e te sente mesmo sem te ver ...
És bela como a lua, não importa em que fase, nem se se mostra aos outros ...
Pois quem a conhece te enxerga e te sente mesmo sem te ver ...
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Mais e mais, só que menos
Quanto mais fecho os olhos
Mais te vejo
Quanto maior o silêncio
Mais te ouço
Quanto maior a distância
Mais preciso de ti
Quanto maior a saudade
A vontade me sufoca
A lembrança me maltrata
O tempo só machuca
A esperança não me cura
Me adoece!
Mais te vejo
Quanto maior o silêncio
Mais te ouço
Quanto maior a distância
Mais preciso de ti
Quanto maior a saudade
A vontade me sufoca
A lembrança me maltrata
O tempo só machuca
A esperança não me cura
Me adoece!
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Platonicus
Completa-me quando penso em ti
Não me cabe a ousadia de querer-te
Nem tampouco escapa-me de ti a vontade
Basta existires, saber que respiras
Mesmo que haja explicação
Prefiro não saber, melhor acreditar
Em coisas de paixão
De terra, céu e mar
Estranha visita
Atendo a loucura batendo em minha porta
É vizinha da amargura, que se mostra torta
Tomamos café, falamos dos outros
Enfim vai embora e me deixa louco
Devida vida
Não espere que a vida lhe traga
Algo que verdadeiramente nunca buscou
Querer por conveniência, por falta de opção
A vida que espera verdadeiramente
Que você lhe entregue algo
Como retribuição pela própria vida que tens
Entenda que a vida não segue
Se não for com tua vontade
A vida não acontece
Se não for com tuas ações
A vida depende de ti
Como dela tu dependes
Apaixonem-se
E vivam intensamente!
sexta-feira, 29 de março de 2013
Falta eu em mim
Às vezes sinto falta
dos momentos que tivemos
dos segredos que trocamos
daquilo que sonhamos
sinto falta do que nunca tive
das lembranças do que não fiz
dos sorrisos que não dei
sinto falta
sinto falta das conversas sinceras
das mentiras mais belas
de romances de novela
sinto falta
dos domingos na capela
de olhar pela janela
lembrando os olhos dela
sinto falta
do tempo que não volta
da volta na lagoa
do ócio, a toa
sinto falta
dos tempos da escola
dos amigos passageiros
da pipa, do bafo, da bola
sinto falta
da família reunida
dos sorrisos soltos
dos meus cabelos longos
sinto falta
daquilo que me sobra
do doce de abóbora
da fogueira na rua
das peladas sem chinelo
sinto falta
do gol a gol no corredor
da janela do vizinho
da bola perdida
sinto falta
das prendas e merendas
castigos e recompensas
do coral, da música, da verdade
sinto falta
da caridade espontânea
da gratidão simultânea
do por favor e obrigado
sinto falta
do bom dia ao vizinho
lego lego e dos carrinhos
lango lango e de carinho
sinto falta
do meu pai com minhã mãe
das asas de proteção
das batidas do coração
sinto falta
das histórias sem final
das rodadas de mau mau
das de tranca lá na Nilce
sinto falta, sinto falta
são momentos que passei
me formaram o que sou
felicidade não se mede
não se compara, não se compra
vivo hoje mais momentos
os quais me faltarão amanhã
vivo compondo lembranças
das vontades e sentimentos
vivo vivendo vívido
opaco, sem luz, sem brilho
Mato em mim o eu que me formou
Sobra em mim o breu que transformou
Falta eu em mim que sou
Que sou
Quem sou
Eu?
dos momentos que tivemos
dos segredos que trocamos
daquilo que sonhamos
sinto falta do que nunca tive
das lembranças do que não fiz
dos sorrisos que não dei
sinto falta
sinto falta das conversas sinceras
das mentiras mais belas
de romances de novela
sinto falta
dos domingos na capela
de olhar pela janela
lembrando os olhos dela
sinto falta
do tempo que não volta
da volta na lagoa
do ócio, a toa
sinto falta
dos tempos da escola
dos amigos passageiros
da pipa, do bafo, da bola
sinto falta
da família reunida
dos sorrisos soltos
dos meus cabelos longos
sinto falta
daquilo que me sobra
do doce de abóbora
da fogueira na rua
das peladas sem chinelo
sinto falta
do gol a gol no corredor
da janela do vizinho
da bola perdida
sinto falta
das prendas e merendas
castigos e recompensas
do coral, da música, da verdade
sinto falta
da caridade espontânea
da gratidão simultânea
do por favor e obrigado
sinto falta
do bom dia ao vizinho
lego lego e dos carrinhos
lango lango e de carinho
sinto falta
do meu pai com minhã mãe
das asas de proteção
das batidas do coração
sinto falta
das histórias sem final
das rodadas de mau mau
das de tranca lá na Nilce
sinto falta, sinto falta
são momentos que passei
me formaram o que sou
felicidade não se mede
não se compara, não se compra
vivo hoje mais momentos
os quais me faltarão amanhã
vivo compondo lembranças
das vontades e sentimentos
vivo vivendo vívido
opaco, sem luz, sem brilho
Mato em mim o eu que me formou
Sobra em mim o breu que transformou
Falta eu em mim que sou
Que sou
Quem sou
Eu?
sexta-feira, 1 de março de 2013
Só tudo sem nada
Só é uma palavra muito forte
Assim como tudo, sempre, nunca e nada
Mas gosto de palavras fortes
Principalmente se forem controversas
Mostrando o contra senso da própria existência
Mostrando que o nada é o tudo vazio
Trazendo à tona e dando arrepio
Pagando pra ver, mexendo com o brio
Testando sua força, sua fé
Sua frio!
Prova que não teme
Mostra sua face
Faz-se assim pronto
E se vier com ponto
Interroga ou finaliza
Exclama ou respira
Separa, mas não para
Continua te envolvendo
Viajando entre extremos
Mas te deixando só
Somente em palavras
Somente as palavras
Palavras somente
Palavras só mentem
Para nunca!
Até que o sempre
Te prepare!
Assim como tudo, sempre, nunca e nada
Mas gosto de palavras fortes
Principalmente se forem controversas
Mostrando o contra senso da própria existência
Mostrando que o nada é o tudo vazio
Trazendo à tona e dando arrepio
Pagando pra ver, mexendo com o brio
Testando sua força, sua fé
Sua frio!
Prova que não teme
Mostra sua face
Faz-se assim pronto
E se vier com ponto
Interroga ou finaliza
Exclama ou respira
Separa, mas não para
Continua te envolvendo
Viajando entre extremos
Mas te deixando só
Somente em palavras
Somente as palavras
Palavras somente
Palavras só mentem
Para nunca!
Até que o sempre
Te prepare!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Vitória!
Caminhe devagar, pé ante pé
A não ser contra a maré
Neste caso corra!
Só corra, se assim conseguir
Socorra, se assim puder
Salvo será, se assim for
Salvador, se salvo for
Quanto à dor, se salvo ter
Salva a dor, a dor mercê
Adormecer
Sendo salvo
Por si mesmo
A dor merecer
E que doa!
E que marque, cicatrize!
Sua marca, sua história
Sua luta, sua glória
Vitória!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Mãos
Pare!
Olhe ao redor
Só olhe!
Agora sim, veja!
A t e n t a m e n t e veja!
Respire fundo, feche os olhos
Abra le n t a m e n
t e ...
Veja suas mãos
Entenda-as
Cada sinal, cada detalhe
Seu, só seu!
Feche-as firmemente
Mais forte
Aperte, esprema
É você para você
Permita-se
Devagar, abra as mãos
Entenda-as
Elas transmitem sua essência
Sua verdade, sua força, sua fé
Tens poder, basta crer
Doe, ajude, receba, perceba
Estenda, sirva de apoio, proteja
Valorize o primeiro contato
Seja firme, mas não indelicado
É uma troca, dê o seu melhor
Não importa o que recebas
Receba!
Não há troco, nem volta
Entenda, aprenda, se surpreenda
Se supri, renda!
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Compasso simples
Junte-se agora
Recomponha-se
Não faça da vida uma estrada perdida
Percorra, atente-se a cada detalhe
Cada pedra, cada buraco, cada ponte
Almeje o horizonte
Ele te chama, te espera
Acenda a chama
Um passo
Comece com um passo
Passe ao próximo
Devagar
Não pule etapas
Nem sempre o atalho é o melhor caminho
Talvez nem seja o menor
Encurtar para que?
Aproveite
Participe
Atue
Não assista!
Não espere da vida
Dê a vida!
Receba aplausos
Vaias também
É o que ensina
Faz melhorar
Cabeça erguida
Lamba as feridas
Cerre os olhos
Abra a cortina
De novo
Outra vez
Lute
Com propósito
A propósito
Não faça para ver
Sinta no peito a dor
Da oportunidade perdida
Da ausência desmedida
Da chance passada
Da vida amargurada
Que pode ser curada
De pé na estrada
E alma lavada!
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Já era!
Recolha os cacos espalhados pelo chão
Cuidado com as mãos
Faça com calma
Limpe a alma
Antes de cacos
Único era
Talvez não servisse
Ou foi descuido
Cuidar é difícil
Mais que propício
Fácil no início
O tempo transforma
O tempo carrega
O peso que torna
O tempo que leva
Cuidado
Nem sempre os cacos
Remontam o ser
Que único era
Já era!
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Viva-se
Abra o peito cheio de mágoas
Exploda em sentimentos
Feche os olhos em busca de si
Proteja-se com o escudo da verdade
Navegue pelos mares da vida
Menos preciso e mais necessário
Presságio oportuno e divino
Intuição que sussurra e arrepia
Lágrima que corre e salga
A pele, a língua, a alma
Sofra não só para aprender
Aprenda também sem sofrer
Viva intensamente
Viva extremamente
Seja a peça principal de seu ato
Seja forte entre hiatos
Valorize as pausas, acerte a música
O andamento, o ritmo, o compasso
Faça, erre, tente e acerte
Desfaça, corrija, perdoe e assuma
Suma, se for preciso
Apareça quando quiser
Sorria com os olhos
Abrace com a alma
Fale com o coração
Ouça com atenção
Ouse com intenção
Durma para sonhar
Sonhe para acreditar
Busque para conseguir
Conquiste sua individualidade
Conheça sua personalidade
Preocupe-se com seu caráter
Valorize sua opinião
Mas mude se quiser
Ajude quem puder
Quem pedir principalmente
Abra a mente, aperte a mão
Agradeça por fim sua missão
Honre a oportunidade
Sinta-se a vontade
Viva-se!
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